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Destaque em “Jesus Kid”, Leandro Daniel fala do novo personagem e de trabalhos no streaming

Foto: Rodrigo Lopes

A partir do dia 4 de junho, o ator Leandro Daniel poderá ser visto em “Jesus Kid”, novo longa do diretor Aly Muritiba, que conta com nomes como Paulo Miklos, Sérgio Marone e Maureen Miranda. A produção é adaptação do livro de mesmo nome, e conta a história de um escritor que tenta reviver seus momentos de glória quando é chamado para desenvolver o roteiro de um novo filme.

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“Meu personagem é o Chet, o recepcionista do hotel onde Eugênio (Paulo Miklos) se hospeda, e seu principal antagonista. É um cara conservador e debochado que vai despertar, gargalhadas e ódio do público”, detalha.

As gravações do longa-metragem foram realizadas em Curitiba, terra natal do ator, que trouxe um sentimento de nostalgia e realização pessoal. “É um celeiro de artistas, então voltar a fazer cinema na minha cidade foi muito especial, pois reencontro a minha tribo e contribuo para que a cena cultural paranaense continue se desenvolvendo.

O ator, que nasceu na região metropolitana de Curitiba, teve uma infância simples. Filho de um caminhoneiro e uma dona de casa, cresceu brincando na rua, assistindo TV e filmes, além de ser um apaixonado por livros e música, que lhe despertaram o desejo de ser artista. No final da adolescência, escondido da família, participou de sua primeira oficina de teatro, no Centro Cultural do Portão, que mais tarde o levaria a cursar Artes Cênicas, na faculdade de Artes do Paraná.

Foto: Rodrigo Lopes

“A crítica social e política, presentes nas obras de arte que eu tanto amava, me inspiravam e me direcionavam a uma forma de expressão humana. A arte de atuar”, comenta.

Depois de mais de 20 anos de carreira, Daniel tem no currículo mais de 50 trabalhos, que incluem peças, filmes, novelas e séries. Nos streamings, está em “Sentença”, série do Amazon Prime Vídeo, em que contracena com Camila Morgado. O ator dá vida a Matheus, um promotor de Justiça idealista que é assassinado misteriosamente depois de descobrir a ligação entre o judiciário e o crime organizado. “É um tema muito importante, que é a corrupção do sistema judiciário. Se os que deviam nos proteger estão juntos com aqueles que nos ameaçam, para onde vamos correr?”

Daniel também faz parte de “Todo Dia a Mesma Noite”, minissérie da Netflix que acompanha a história real da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, que resultou na morte de 242 jovens. A produção será lançada na data em que a tragédia completa dez anos, em janeiro de 2023. “Faço o Joel Dutra, que é um promotor do Ministério Público, responsável por redigir o relatório de acusação. É um homem calmo e sério, que tenta ser correto o tempo todo, mas quando é pressionado pelos pais para indiciar os responsáveis, tem a infeliz ideia de processa-los, mesmo diante da dor extrema da perda”, acrescenta.

Representando uma data fatídica na história brasileira, a obra possui um apelo emocional forte, trazendo um grito de justiça. “Se passou quase uma década e o caso ainda não foi resolvido e os responsáveis continuam livres. Acho que a série contribuirá para demonstrar a morosidade do processo, além de expor uma ferida a fim de que esse tipo de irresponsabilidade deixe de acontecer em nome do lucro capital.”

Foto: Rodrigo Lopes

Na televisão, ficou famoso por papéis em novelas como “I Love Paraisópolis”, “Rock Story” e “Deus Salve o Rei”. No segundo semestre volta à TV vivendo o personagem Floro Borromeu, em “Mar do Sertão”, próxima novela das 18h da TV Globo, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Alan Fitterman. “Não posso relevar muito por enquanto, mas é uma história cheia de emoção e reviravoltas, onde o principal tema é o amor, e como lidamos com ele.” 

Além da TV, o ator continua a produzir para o teatro. No momento ele está em fase de produção do espetáculo “Os Filhos Dormiram”, onde também irá atuar. O motivo? É bem simples. Para ele, o teatro é autoral. “Você tem maior poder de decisão sobre a sua criação. Seu olhar artístico, por ser artesanal, pode ser mais apurado. O teatro me salvou, me curou, me deu alimento e vida, finaliza.

 

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