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Babu Santana comemora um ano de selo musical com single “Tô Rico”

Babu Santana – Foto: Alessandra Lima

Embora tenha surgido para produzir Os Cabeças de Água Viva, banda de Babu Santana, a Paizão Records logo ganhou uma nova vertente, o trap. Apaixonado pelo gênero, o artista criou um selo musical que tenta dar visibilidade para artistas desconhecidos da cena trap, e a primeira música lançada pela produtora, “Prioridade para quem?”, completou um ano agora em maio. Para celebrar, Babu e os parceiros Lacerda e Nbeatz estreiam o single “Tô Rico”concentrando o máximo de artistas que são parceiros da Paizão Records.

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Estar completando um ano é muito bacana, satisfatório ver que estamos crescendo de forma espontânea. Até então era uma pesquisa, virou um sonho e agora é realidade”, destaca ele. Comemorando isso, o single “Tô Rico” chega com participação de nove artistas além do próprio Babu, apresentando ao público todos os parceiros da Paizão Records.

A música surgiu em uma festa, quando eles começaram a rimar em cima de um beat feito pelo Nbeatz falando sobre prosperidade e projetando um futuro de sucesso. “Eu falo sempre para eles que não tem nenhum problema falar de ostentação. Ambição na dose certa é até importante para o ser humano, falar de uma forma altruísta, bem humorada. Não só de dinheiro, mas com a minha auto estima, com a minha saúde, da prosperidade em si, não só material, como espiritual”, diz o artista.

Agora, a ideia da Paizão Records é lançar EPs desses artistas individualmente, o próprio Babu está querendo um álbum. “Já tem nova música saindo do forno e queremos clipe, agora é botar em prática todo esse anos de pesquisa”, conta ele, que diz ter aprendido de tudo, desde produzir a úsica a colocar no streamings e monetizá-la.

Babu Santana – Foto: Bubu Filmes

“Música é nossa vida, música é nossa inspiração, música é nossa alma. E comunicar, falar, esse é o dever do artista. Ele é o cronista do nosso tempo. Vamos mandar nossas mensagens para o mundo. É o que queremos para a prosperidade da Paizão”, ressalta.

Leia a entrevista completa a seguir:

RG – Como a Paizão Records começou e qual é a sensação agora que estão completando um ano?

Babu Santana – Surge da necessidade de produzir Os Cabeças de Água Viva, e eu queria trazer uma nova vertente, que é o trap, que é a música atual que mais toca na favela, assim como samba e pagode que também vieram da favela. E eu queria trazer esse gênero para dentro do cabeça de água viva. Me apaixonei tanto, que montei um home estúdio, me juntei com Lacerda e com Nbeatz,  e começamos a tentar trazer visibilidade para artistas desconhecidos da cena trap e conteúdo para minha linha musical. Agora em maio faz um ano do lançamento da primeira música, “Prioridade para quem”, e nessa comemoração tivemos a ideia de fazer a “TÔ RICO”, concentrando o máximo de artistas que são parceiros da Paizão Records. E estar completando um ano é muito bacana, satisfatório ver que estamos crescendo de forma espontânea. Até então era uma pesquisa, virou um sonho e agora é realidade..

RG – De onde veio a ideia para o single “Tô Rico”?

To rico surge de uma festa, Nbeatz traz um beat para a gente, e a gente faz um churrasco e começa a rimar em cima desse beat, falando da prosperidade, é bem no comecinho e estávamos projetando todo futuro de sucesso. Eu falo sempre para eles que não tem nenhum problema falar de ostentação. Ambição na dose certa é até importante para o ser humano, falar de uma forma altruísta, bem humorada. E aí nasce a ideia de falar do “TÔ RICO”, não só de dinheiro, mas com a minha auto estima, com a minha saúde, da prosperidade em si, não só material, como espiritual. E aí nasce essa música, em que até nosso produtor faz parte dela, cantando. É a forma de apresentar para o público toda essa galera que faz parceria, e temos muitos outros parceiros dentro da Paizão Records. A “TÔ RICO” nasce de uma festa, rimando em cima da batida do Nbeatz. 

RG – Como foi juntar, gravar e produzir com todos esses artistas?

Juntar, gravar e produzir esses artistas foi muito bom. Não estamos ali só na música. No começo, todo mundo ficava aqui em casa, aproveitando que a pandemia exigia o isolamento. Ficamos juntos e foi muito legal, porque não ficamos só no ramo da música, fomos nas ideias, na saúde, na alegria, no dia a dia. Ver o Ramaciotti produzindo a própria faixa, correndo atrás de divulgação. É isso que a Paizão Records quer proporcionar, que o artista seja cada vez mais independente. Nós somos uma espécie de cooperativa, ajudamos uns aos outros a produzir o trabalho.

RG – O single também chegou com um clipe que você participou e dirigiu, né? Como vocês gravaram e quanto tempo tiveram?

O single chegou com clipe, e eu participei dirigindo e cantando. Gravamos em dois dias, aqui em casa. Queríamos fazer na área externa, mas na metade do dia começou a chover, e tivemos que escolher imagens em outros locais. Foi o maior barato. A Paizão também nasce nessa necessidade minha do audiovisual. Eu adoro dirigir clipe, participar. Eu falava sobre movimentações de cinema no meio da gravação, e ficava em debate de luz, de imagem. A Paizão é uma grande pesquisa, de música, de audiovisual, da convivência coletiva, companheirismo. Eu já estou no cinema faz uns 20 e poucos anos, e trazer minha experiência para unir na criação da nossa música e clipe é uma experiência maravilhosa. 

RG – Quais os próximos planos da Paizão Records? O que podemos esperar?

A Paizão Record agora quer lançar com a Manu, quero muito produzir EP do Lacerda, quero fazer EPs individuais para que coloquem em prática a vivência de se produzir. Eu mesmo estou querendo um álbum. Eu brinco com eles que sou da antiga, na minha época fazíamos 10/11 músicas, e tem alguns singles, tem nova parceria com CP e o Gu, criadores da “Cabelin de Trança”, já tem nova música saindo do forno e queremos clipe. Agora é botar em prática todo esse ano de pesquisa. Aprendemos de tudo, de produzir música a colocar nos streamings, monetizar ela, fazer promoção, e cada vez mais a gente vem melhorando. Estamos dando um corpo cada vez mais profissional para a Paizão Records, que era um núcleo de pesquisa. Hoje, com a nossa experiência, conseguimos colocar em prática vários planos, e cada vez mais trazer profissionalismo para o dia a dia, e lançar músicas e músicas. Música é nossa vida, música é nossa inspiração, música é nossa alma. E comunicar, falar, esse é o dever do artista. Ele é o cronista do nosso tempo. Vamos mandar nossas mensagens para o mundo. É o que queremos para a prosperidade da Paizão.

RG – O seu foco agora é totalmente nisso ou tem trabalhado em outras coisas? O que mais tem feito?

Eu sou um dos diretores do Nós do Morro, que começou a se tornar prioridade na minha vida. Mas temos uma galera que me ajuda a tocar tudo na Paizão. Minha família sempre vai ser minha prioridade máxima. Acabei de fazer a segunda temporada de “Central de Bicos”, to fazendo a primeira temporada de “ O Jogo Que Mudou a História”, do Globoplay, estou estudando roteiros de cinema, acho que ano que vem, acredito que venha teatro. Eu sempre sonhei ser ator, cantor, mas hoje me reconheço como comunicador. E agora, como um dos diretores do “Nós no Morro”,  poder contribuir para essa janela que se abriu para mim, para esse mercado. Então é isso, colocar o “Nós do Morro” nos holofotes, seguir com a minha carreira de ator, que é algo que eu amo, que eu necessito assim como respirar e continuar estudando. Eu prometi para minha mãe, quando falei que não ia concluir a faculdade, que não ia deixar de estudar um dia sequer. E assim estou cumprindo, estudando, conhecendo novos universos da direção, da produção, do empreendedorismo, da comunicação. Estamos cheio de expectativas, ideias, e quero colocar todas elas em prática, porque a vida é muito breve.

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