Cultura

Guilhermina Libanio voltas às telas e estreia no streaming

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Foto: Paola Vespa

Nesta quarta-feira (25.05), o público do streaming conheceu uma nova versão de Guilhermina Libanio. Aos 24 anos, a atriz fez sua estreia no formato dando vida à Pri de “Tudo Igual… SQN”, a primeira produção original brasileira da Disney +. Conhecida pelos papeis nas novelas da TV aberta, enquanto aguarda a estreia de “Fim”, série baseada no romance de Fernanda Torres, Guilhermina agora pode ser vista como uma ativista ambiental de 16 anos. Para a atriz, que interpreta sua primeira personagem lésbica, é uma ótima oportunidade de dar voz à um grupo que precisa se ver em cena e se sentir representado.

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Foto: Paola Vespa

“Mais importante do que trazer o assunto à tona é a forma como a série trata o fato: com normalidade, como deve ser. Não existe uma cena em que ela conta que é lésbica, não existe esse questionamento, essa surpresa. Porque as pessoas estão aí na vida, elas se encontram, se amam, e tratar todos os casais com a naturalidade que se trata um casal hétero faz com que a gente consiga aprofundar a discussão e, assim, acontece a representatividade. Essas meninas precisam sentir que não estão sozinhas, que o desejo delas não é errado. Eu sempre acho que o mais importante de se ver na tela é sentir que você não é o único. Que você não está sozinho. Sentir que alguém sente o mesmo que você é de grande importância na vida”, reflete.

Para além da questão da sexualidade, a personagem tem outras camadas que também a encantam “Tem uma frase que define bem a Pri, e ela foi dita pelo Fernando Vieira, o preparador da série. ‘A Pri é o passarinho que quer apagar o incêndio na floresta com a agua que tem no bico’. Ela é uma menina que faz, que realiza, que tenta fazer sua parte ao invés de querer abraçar o mundo inteiro. Se ela não pode resolver os problemas do mundo, então ela começa pelas amigas, depois tenta a ajudar a escola, o bairro… Ela é encantadora, inteligente, observadora. Ela estimula as amigas a acreditarem em si mesmas, a realizarem seus sonhos”, diz.

Foto: Paola Vespa

O encanto pela personagem tem seus motivos. “Quando a gente banca os nossos desejos a gente acaba tendo muita personalidade, e eu e a Pri estamos nessa busca, mas em fases diferentes da vida. A gente fala muito, impulsiona quem está à nossa volta, é impulsionada também. Venho aprendendo a ser mais corajosa com as minhas personagens. Tive o privilégio de ajudar a contar as histórias de mulheres inteligentes, pensantes, ativas, que tem vontade de fazer diferente, de transformar as coisas e que fazem essas mudanças com as próprias mãos”, pontua Guilhermina, que estreou em “Malhação – Vidas Brasileiras” como uma jovem vítima de gordofobia que sofreu bullying na escola e foi rejeitada pelo crush, e interpretou uma estudante ativista e feminista a novela “Órfãos da Terra”.

Se as personagens têm ensinado muito à Guilhermina, sair do ritmo de uma obra aberta para o de uma série no streaming teve nuances percebidas pela carioca. “A mudança só se realiza na troca, no debate, no conflito. Neste caso, foram diferenças práticas, estéticas e cotidianas de se fazer uma dramaturgia diária e uma série de dez episódios. Em uma novela a gente grava muitas cenas por dia, durante nove meses, e na série o tempo é mais curto, são dois, três meses de trabalho. Por estar acostumada com a intensidade das novelas, o ritmo mais lento me deixava ansiosa nas primeiras diárias, mas fui pegando o ritmo, entendendo os tempos, o trabalho da fotografia, o cuidado com cada detalhe”, observa.

Foto: Paola Vespa

Aos cinco anos de carreira, Guilhermina sonha com um protagonismo em uma trama onde seu corpo não seja o enfoque principal. “Quero contar histórias interessantes, profundas, quero voltar a fazer novelas, que me formaram como espectadora, e participar de projetos que acredito, me experimentar no cinema e retornar ao teatro. É muito doido falar sobre isso porque eu nunca pensei que conseguiria ser atriz, que essa seria a minha profissão, que existira espaço pra mim. Tenho o sonho de fazer uma protagonista, quero que diferente de mim, outras pessoas saibam sim que elas podem ocupar aquele espaço. Quero fazer muitos personagens, e personagens diversos, onde meu corpo não seja uma questão, onde este não seja o assunto principal”, finaliza.

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