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Duda Beat: “Sinto que estou conseguindo conquistar o que quero da forma como planejei”

Duda Beat no set de filmagens – Foto: Alisson

Ganhar o mundo talvez seja o maior sonho de todo artista, e para Duda Beat essa realização fica cada dia mais perto. De volta ao Brasil depois de sua segunda turnê pela Europa, a cantora diz que está se programando para rodar a América Latina e voltar aos Estados Unidos. Porém, quando se permite pensar um pouco mais longe, ela conta que o sonho mesmo é ir para o outro lado do mundo, levando seu show até o Japão.

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“Sinto que estou conseguindo conquistar as coisas que eu quero da maneira que eu planejei, é uma realização de projeto mesmo. Eu sou uma cantora independente que ainda luta por alguns espaços aqui no Brasil, como o da rádio, e aí quando a gente atravessa o oceano e lota casas por lá, é muito gratificante”, conta ela, que teve sold out em todos os shows solo. 

Nesta segunda passagem pela Europa, Duda pôde levar uma banda mais completa e conhecer novos lugares, como Paris, Londres, Dublin e Barcelona. “Eu trabalho com meus amigos então a viagem acaba ficando ainda mais gostosa. Nunca andei tanto na minha vida”, lembra. Ainda assim, ela não conseguiu ir em alguns dos lugares que mais queria, como o castelo de “Game of Thrones”, que fica a três horas de Dublin, mas como boa fã da série, ela disse que ainda pretende voltar.

Assim como faz questão de voltar para ver os fãs brasileiros e estrangeiros que fez por lá. “A linguagem da música é muito universal, por mais que você não fale a mesma língua que eu estou cantando, a melodia emociona. Então é muito especial conseguir juntar toda essa galera lá”, diz ela, que ainda quer compor em outros idiomas.

Com quatro anos de carreira, dois discos lançados, vários feats e fazendo turnê internacional, a história de Duda Beat tem se desenrolado de uma forma incrível para a cantora e compositora. E a agenda no Brasil também fica cada vez mais lotada com a volta dos festivais e dos shows. Intercalando apresentações, a cantora não reclama da rotina, mas diz ser difícil fazer o setlist de eventos em que só tem uma hora para cantar.

Cantora acaba de voltar de turnê pela Europa – Foto: Alisson

“No meu show eu converso, brinco bastante e canto tudo, mas nos festivais não dá para fazer isso e, com as músicas, acaba sempre sendo uma escolha difícil”, explica. Mas, no geral, ela tenta equilibrar o que gosta com o que o público quer ouvir também, e é esse formato que ela tem levado para festivais como o Breve, o Viva Recife e o Nômade, que aconteceu no último fim de semana em São Paulo.

Em meio a tudo isso, Duda ainda fez questão de arrumar tempo para participar de um projeto bem importante para ela, o jingle da campanha do Lula. “Eu recebi o convite pela Janja, que é uma pessoa maravilhosa, já observava meu trabalho e me trouxe esse presente, que eu recebi com muito amor e carinho”, conta.

Para a cantora, é muito simbólico estar desse lado da história e gravar parte da música de campanha justamente nesse momento após a “era das trevas”, como ela mesma chama. “Assim como a galera de 1989 cantou o jingle e ficou marcado para sempre, eu sinto que ser uma representação geracional dentro dessa música é uma coisa linda, e é também uma realização.”

Sem esconder seu posicionamento, Duda afirma com todas as letras que é uma cantora de esquerda e que acha importante se colocar enquanto tal, mas não sente que isso deveria ser imposto como uma obrigação de todo artista. Segundo ela, algumas pessoas se sentem confortáveis para isso e outras não, em seu caso a ideia sempre foi manter um diálogo de verdade com seu público, que pode conhecê-la totalmente.

Duda Beat no casamento de Lula e Janja – Foto: Ricardo Stuckert

E isso não é de hoje, a cantora tem inclusive uma participação na canção de Lucas Santtana, “Meu Primeiro Amor”, que tem um trecho sobre o ex-presidente. “Essa música é realmente um diálogo do Brasil, o diálogo do sertanejo com uma menina do sudeste, e eu sinto que é exatamente isso que o Lula promove”, destaca.

Hoje, quem vai ao seu show, ainda pode ver a artista proclamando seu desejo de que o Réveillon seja em Brasília. “Eu acredito muito nisso, quero cantar na posse e ver todo mundo lá no dia 1º de janeiro”, diz. 

Até lá, ainda tem muito show e muita coisa boa para acontecer com Duda. Se preparando para tocar no Rock in Rio em setembro, a artista diz que quer colocar cada vez mais balé em suas apresentações, para chegar lá mais confiante. Ela também falou de forma misteriosa sobre o próximo feat, um dos mais aguardados até então. E ainda contou sobre o disco novo, programado para sair no ano que vem, que está vindo de uma forma bem diferente dos dois primeiros.

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