Cultura

Marcus Anoli interpreta empresário de Magal em musical

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Foto: Oseias Barbosa

Marcus Anoli volta aos palcos em um espetáculo bem especial. Em “Quero Vê-la Sorrir!” o ator vive Robert Livi, empresário, e figura de extrema importância na trajetória de sucesso de Sidney Magal. O musical estreia dia 27 de maio, no Teatro Claro Rio, Copacabana (RJ), com direção de Francisco Nery e Sueli Guerra, e contará a trajetória do artista. A produção, que fará curta temporada até 5 de junho, trará Márcio Louzada no papel de Magal e Izabella Bicalho como Sônia, mãe de Magal.

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“Quero Vê-la Sorrir!” é inspirado na biografia de Magal e promete trazer detalhes da vida pessoal e profissional do cantor. “É a oportunidade de conhecer o homem por trás do artista. Descobrir como o Sidney de Magalhães se tornou Sidney Magal. O principal foco é realmente trazer esse lado íntimo, e humanizar essa lenda da nossa cultura”, diz.

O personagem de Anoli foi um produtor musical argentino que fez sucesso no País durante a época da Jovem Guarda. Ele viu o potencial artístico de Magal e o ajudou a se transformar no sucesso em que o conhecemos. Se tornou empresário e amigo, escreveu “Sandra Rosa Madalena”, um dos maiores sucessos da carreira do músico, e coproduziu “Amante Latino”, filme protagonizado pelo cantor.

Anoli ainda fala que no processo de criação e estudo sobre a vida de Livi viu características em comum com as dele. “Ele era um homem determinado, sagaz, objetivo, exigente e sabia o que queria. Eu tenho comigo que trabalhando duro, com respeito, foco, determinação, honestidade, sabendo o lugar que você ocupa na vida e na obra que se propõe a realizar é muito difícil dar errado. Me identifico muito com ele, principalmente na forma que gerencio minha carreira, lendo a biografia do Magal, em vários momentos, a minha fala e posicionamento são idênticos ao de Livi”, ressalta.

Foto: Oseias Barbosa

Ele ainda detalha um momento que se tornou parte do espetáculo e que faz uma homenagem àqueles que são personagens muito importantes na história da TV. “Quando li o texto vi que teríamos um momento Chacrinha. Eu acho que o Russo foi um dos maiores assistentes de palco do mundo. Cavei uma oportunidade de homenagear esse cara que eu achava incrível, fui criando uma coisinha aqui outra ali, quando vi já fazia parte da cena e foi mantido. Não existe o ‘Russo’ na peça, mas faço uma homenagem singela, de muito amor, a ele e a todos assistentes de palco e câmeras que ficam ali escondidinhos, mas na verdade são pilares da realização dos programas de auditoria.”

Anoli ainda fala de um dia em especial que o emocionou. “Em um determinado dia, durante os ensaios, houve uma queda de energia no local, e a equipe teve que ser redirecionada para um salão com palco. Naquele momento da cena eu estava na plateia e de repente me vi em um programa de auditório, e percebi ali a magia e a beleza da produção. Tudo ficou em câmera lenta. O velho guerreiro (Chacrinha), as chacretes. Aquela imagem remeteu à minha infância, no interior de Goiás. Eu estava vivendo aquilo que via na televisão. Não aguentei e cai aos prantos, foi maravilhoso”, lembra o ator.

As emoções durante o processo de desenvolvimento da peça foram além dos bastidores. Anoli e parte do elenco foram a um show de Magal. Era a primeira vez que o ator assistia a uma performance ao vivo do cantor. Extasiado, gritou “Magal, eu sou o Livi na peça que estamos fazendo no Rio”. Magal parou o show e foi conversar com ele. “Ele pegou na minha mão e contou um pouco da história dele com o Livi e ao final do show recebi uma das rosas vermelhas que ele costuma dar aos fãs. Vou guardar o presente para sempre.”

Foto: Oseias Barbosa

Anoli fala ainda da mensagem que o espetáculo quer levar ao público e de como ela chegou nele. “Acho que cada um tira uma mensagem muito própria e peculiar ao assistir uma peça, às vezes a mensagem que achamos principal se dilui diante da relação que o público vai criando no decorrer dos acontecimentos. Conhecer o homem por trás do artista, foi lindo. Saber a história de Sidney de Magalhães, porque até então eu só conhecia o Sidney Magal, foi bárbaro. Mensagem que gosto muito na peça é a do amor. “Quero Vê-la Sorrir’ é amor, resiliência, superação e vitória”, finaliza.

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