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MITA: saiba tudo que aconteceu no primeiro dia de festival

Gilberto Gil – Foto: Gérard Giaume

Na onda dos festivais que estão tomando o Brasil nessa volta dos eventos presenciais, o MITA – Music is The Answer inaugura sua primeira edição. Programado para acontecer em São Paulo e no Rio de Janeiro, o evento começou ontem para os paulistanos, que puderam curtir atrações como Marina Sena, Gilberto Gil, Tom Misch e Rüfüs Du Sol.

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Apesar de ter levado menos pessoas do que o esperado para o primeiro dia de show na Spark Arena, espaço com mais de 107 mil metros quadrados localizado na Vila Leopoldina, o público curtiu. A previsão é que este segundo dia leve um número maior de pessoas já que o headliner da noite é a banda Gorillaz.

Aqui você acompanha a cobertura do evento pelo site RG, saiba tudo que aconteceu neste sábado!

Xênia França – Foto: Divulgação

Xênia França 

Abrindo os trabalhos no palco Villa Lobos, Xênia França tocou no sol de início da tarde, mas era difícil saber quem brilhava mais, ela ou o dia. Com uma roupa amarela feita inteiramente de crochê, a cantora esbanjou confiança e entregou um ótimo show. Pena que nesse horário a maior parte do público ainda não tinha chegado, a plateia era composta, em sua maioria, por já antigos fãs da cantora.

Ainda assim, ela agradeceu “o aconchego que vocês estão me dando” e aproveitou para conversar bastante com o público no intervalo de uma música ou outra. “Vocês estão sendo privilegiados aqui hoje porque eu tô soltando algumas coisas do disco novo”, disse ela. Seu próximo disco deve sair no próximo dia 3 de junho.

Luedji Luna – Foto: Divulgação

Luedji Luna

O segundo show a movimentar o palco Villa Lobos foi o de Luedji Lunna, que levou todo mundo para a beira do mar com a apresentação do seu álbum “Bom É Estar Debaixo D’Água”. O calor do dia e as imagens que apareciam no telão de fundo ajudavam a deixar o clima ainda mais praiano.

Com maior público, a baiana conseguiu apresentar seu som para novas pessoas, conquistando quem passava perto com seu carisma. Nas pequenas conversas com o público, contou a história de algumas músicas, como “Erro”, que escreveu para o pai dos seus filhos, e “Lençóis”, que “virou meme de sapatão na internet, me disseram”. No fim, Luedji terminou com seu primeiro grande hit, “Banho de Folhas”, que ajudou a esquentar e animar a plateia para os shows que viriam depois também.

Marina Sena – Foto: Divulgação

Marina Sena

Com um show muito parecido com o que fez no Lollapalooza, Marina Sena parece ter descoberto a fórmula perfeita para as apresentações em festivais. O público fiel que  ficou na grade do palco Deezer desde o fim do show anterior não se decepcionou, e viu Marina entregando tudo nas músicas coreografadas com um body verde de franja, combinando com as dançarinas.

Mais confortável no palco, a cantora chegou brincar com os fãs: “Estou em uma fase que tô contando vantagem”, disse em relação a tudo que tem conquistado. Essa confiança se mostra no palco, onde a cantora se arrisca mais em algumas músicas, incluindo “Por Supuesto” que já é hit então ela aproveita para testar coisas diferentes. 

“Eu queria agradecer à pessoa que fez o primeiro vídeo de ‘Por Supuesto’ no Instagram. Do nada virou hit isso”, falou ela, conversando com a plateia como gosta de fazer. Foi assim que ela explicou seu jeito de compor também, disse que costuma escrever para seus amores platônicos, pelos quais se apaixona antes mesmo de beijar. Segundo ela, foi assim que aconteceu com o namorado, que toca bateria para ela e produziu seu álbum “De Primeira”.

Gilberto Gil

Um dos shows mais aguardados do dia foi o de Gilberto Gil, consagrado imortal pela Academia Brasileira de Letras este ano. Prestes a completar 80 anos, Gil mostrou porque realmente é um dos maiores nomes da música brasileira. O repertório da apresentação estava cheio de seus maiores sucessos, como “Expresso 2222”, “Drão” e “Toda Menina Bahiana”, com a qual fechou o setlist, colocando todo o MITA para pular.

A primeira metade do show ele fez sentado, tocando suas músicas mais tranquilas e até convidando a neta, Flor Gil, para lhe acompanhar. Também no palco, tocando com o pai, estava Bem Gil, e para finalizar em noite devidamente em família, até Bela Gil subiu para dançar e cantar as duas últimas músicas. Um dia de muita emoção e festa para todos no palco e na plateia, que por um momento pôde se sentir também parte dessa família.

Tom Misch

A primeira atração internacional da noite foi Tom Misch que fez do palco Deezer o estúdio de sua casa. Confortável com o lugar e o público, o londrino conversou bastante e chegou a dizer “obrigado, São Paulo” em português mesmo. Embora tenha começado acompanhado da banda, o cantor logo teve um tempo para fazer o que faz de melhor, ter o palco só para ele e sua guitarra.

O artista, com claras influências da música brasileira, levou diferentes instrumentos para o palco, desde sax a violino e até um triângulo, para compor o som único que faz. O show ainda teve todos os seus principais hits, como “Lost in Paris”, “Movie” e até “It Runs Throw Me”, com a qual ele ficou famoso pela gravação no Colors”

Rüfüs du Sol

Finalizando a noite do primeiro dia de MITA, o trio de música eletrônica, Rüfüs du Sol, iluminou São Paulo com suas telas de led multicoloridas e o show de luzes e fumaça. Em um palco elevado, com imagens quase psicodélicas no fundo, a apresentação do trio parecia futurística.

Sempre conversando com a plateia, o trio mostrou que treinou português quando um deles disse: “Esperamos muito tempo por vocês”. Eles contaram que estão no Brasil há um semana e têm sido muito bem recebidos em todos os lugares, já deixando claro que com certeza vão voltar. Simpáticos e animados, a banda manteve segurou a energia do público até o fim, um dos integrantes até desceu para dar a mão aos fãs na plateia. Não tem como negar que tanto a banda quando o público curtiram o show com tudo que podiam.

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