Sobral se despede do lo-fi com “Eu Me Odeio Milhões”; assista

Leia a íntegra da entrevista com o artista:

RG – Como a música entrou na sua vida? Você sempre quis ser cantor?

Sobral – A música entrou na minha vida de forma bem natural, desde pequeno eu já tinha afinidade com a música. Usava as panelas velhas da minha mãe como bateria, e as agulhas de crochê como baqueta, comecei cantando e tocando na igreja, sempre tive esse sonho, é a forma que eu consigo expressar o que eu sinto.

RG – Você começou sua carreira aos 17 anos, né? Como foi isso?

Sobral – Sim, na verdade eu já tinha letras guardadas desde os 15, mas aos 17 eu coloquei em prática. Inclusive isso é muito irônico, sempre fui uma pessoa muito fechada em relação a sentimentos e, quando eu entrei no Ensino Médio, acabei conhecendo o amor e me decepcionando com ele. Sem conseguir me expressar, eu escrevia, até que um dia resolvi comprar um microfone e dar vida para as minhas letras, todas as letras que eu escrevi são baseadas em amores que vivi na minha vida.

RG – Quais referências musicais te influenciaram a fazer o som que faz hoje?

Sobral – Bom, hoje em dia eu não faço mais o mesmo estilo que fazia com 17 anos, e os principais artistas que influenciaram essa mudança de estética foram o Drake e Trippie Redd; Nacionais foram Sagaz, FBC e Jean Tassy, sempre fui muito eclético, não consigo ficar numa estética só. Então eu sempre misturo vários elementos, mas a visão que eu sempre tive sobre as minhas músicas, é que mesmo a letra sendo triste, de alguma forma aquilo traz conforto, não gosto de deixar ninguém triste com as minhas músicas.

RG – Sua nova música, “Eu me odeio mil milhões” vem com um estilo mais dark do que seus últimos lançamentos. Por que isso? Você queria mostrar um outro lado mesmo?

Sobral – Sim, “Eu me odeio mil milhões” na verdade é uma despedida, um presente pra quem me acompanha e gosta da minha época de lo-fi, mostrar um lado meu que ninguém nunca tinha visto nas minhas músicas. Mas quero seguir em frente, então não farei mais músicas nesses estilos, as próximas, com certeza, terão uma pegada mais pop, trap, e indie no geral.

RG – Quando poderemos ver shows e outros lançamentos seus?

Sobral – Esse ano estou me programando para ter um lançamento por mês, no mínimo. Então vocês podem esperar isso de mim! A questão de show é muito complicada, a maioria do meu público vem da internet, e é delicado demais conseguir fazer um show por conta disso, mas quem sabe no futuro, se der tudo certo.

RG – Quais seus maiores sonhos enquanto músico?

Sobral – Acho que o meu maior sonho como músico é ser entendido, reconhecido como alguém diferente do que todos já estão acostumados. Acho que esse tipo de reconhecimento vale mais do que dinheiro, mais do que fama, mais do que tudo! E nessa nova fase que vai surgir na minha carreira, eu garanto que vou mostrar que eu consigo ser muito melhor do que eu fui até agora.