Foto: Rafael Morse/Divulgação
Dentro do conceituado circuito de música eletrônica underground de São Paulo — de festas itinerantes com proposta transgressora, que permitem um espaço de livre expressão radical —, a ODD certamente é protagonista. Idealizado por Márcio Vermelho (ou somente Vermelho), Davis e Zopelar (três nomes que já eram mais do que notáveis à época), o projeto está celebrando agora seus sete anos de existência com uma programação especial.
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Depois de dois anos de restrições pandêmicas e edições de retorno em janeiro e fevereiro, a ODD comemora em abril mais um ciclo com muito vigor e inovação. No próximo dia 30, a partir das 22h, em locação inédita — uma antiga fábrica de brinquedos na Barra Funda —, Vermelho, Davis, Zopelar e os outros DJs residentes (Frontinn e Martinelli) recebem a DJ e produtora russa/dinamarquesa Anastasia Kristensen, o americano OSAGIE e os brasileiros Ananda, Cherolainne, Delcu e Young Clubber, que estarão todos distribuídos em duas pistas de dança (open air e galpão).
Nome em ascensão no circuito europeu nos últimos três ou quatro anos, Kristensen tem se destacado por um techno mais colorido e uma presença de palco cheia de luz e energia, que contrastam com o clichê blasé e soturno do estilo. Sua confiança em seguir caminhos fora do comum fazem dela uma artista imprevisível e ousada, casando perfeitamente com o espírito da ODD.
Foto: Rafael Morse/Divulgação
A partir dessa aura irresistível e do talento para entreter e produzir, chegou a colaborar com nomes como Daniel Avery e Com Truise, chamar a atenção de marcas como Boiler Room, Resident Advisor e DJ Mag e tocar em eventos e clubes como Awakenings, Afterlife, Movement, EXIT Festival, Berghain e Bassiani.
Apesar de já ter se apresentado em toda a Europa e levado seu brilho de Bogotá a Tóquio, Anastasia nunca tocou no Brasil anteriormente.
“Estou feliz de tocar na ODD porque é um evento lendário no Brasil e é a minha primeira vez no país. Espero por muita música eclética e uma vibe pra cima, mas descolada e maligna. Mal posso esperar para tocar”, declarou.
Além dos DJs, os performers têm papel fundamental nos rolês da ODD, e esta edição de sete anos deixará o game ainda mais interessante. Normalmente restritas aos palcos, as performances e as instalações visuais passam a ocupar novos espaços e ambientes, se espalhando e descentralizando — o que já vinha sendo testado neste ano.
Junto às residentes Aun Helden e Katrevosa, Enco reforça o time das artes corporais, enquanto L.Pitzs é o responsável pelas projeções visuais, e Julio Parente, pelas luzes. Além disso, Aun levará à pista principal do evento o segundo ato de sua trilogia “Eternidade” — o primeiro foi apresentado no último sábado, 09, em instalação na SP–Arte.