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Casa de Vidro traz a mostra “De 22 a 72: Bardi e o Modernismo Brasileiro”

Foto: Luiz Hossaka/Acervo Instituto Bardi

O Instituto Bardi apresenta entre os dias 07 de maio e 02 de julho de 2022 na Casa de Vidro a exposição “De 22 a 72: Bardi e o Modernismo Brasileiro”. Com curadoria de Renato Anelli e Eugênia Gorini, a mostra celebra os cinquenta anos da exposição “Semana de 22: Antecedentes e Consequências”, idealizada por Pietro Maria Bardi (La Spezia, Itália, 1900 – São Paulo, Brasil, 1999) no Museu de Arte de São Paulo (Masp) para o primeiro cinquentenário da Semana de Arte Moderna.

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“Ao rememorar esta exposição, o Instituto Bardi pretende contribuir para o debate sobre o papel do evento de 1922 no processo de modernização cultural, social e produtiva do país, a partir da interpretação de Pietro Maria Bardi”, afirma Lorenzo Gemma, diretor-executivo da Casa de Vidro.

Inaugurada em 02 de maio de 1972, a mostra no Masp revelava um amplo quadro da modernização de São Paulo. “As obras dos ‘semanistas’ (conforme se referia Bardi) constituíam apenas um momento, seminal e provocador, carregado de potencialidades e contradições. Bardi não procurava resolvê-las, mas sim apresentá-las de modo sincrônico – no seu tempo, e diacrônico – no seu processo em um período temporal longo”, diz o curador.

Foto: Acervo Instituto Bardi

Apresentando as faces erudita e popular do modernismo brasileiro, “Semana de 22” ocupou dois espaços no museu. Na sala do 1º andar, uma coleção de objetos e obras de arte contextualizava a vida cotidiana na cidade de São Paulo em 1922. A expografia foi dirigida por Bardi e seus assistentes, utilizando painéis, vitrines e alguns cavaletes de vidro criados por Lina Bo Bardi (Roma, Itália, 1914 – São Paulo, Brasil, 1992). Já sob o vão livre do Masp, Bardi encomendou à Lina a construção de uma versão reduzida do Circo Piolin, uma homenagem ao palhaço Piolin, tido pelos modernistas como um exemplo de ator moderno e popular.

Em “De 22 a 72: Bardi e o Modernismo Brasileiro”, o público poderá ver documentos, fotografias e desenhos que registram a montagem de 1972. Além de itens do Centro de Pesquisa do Masp, do MIS (Museu da Imagem e do Som) e da Coleção Gregório Warchavchick, serão apresentadas peças do próprio acervo do Instituto Bardi. Junto a esses registros históricos, serão reproduzidos textos e trechos de entrevistas de Pietro Maria Bardi, onde expressa suas posições sobre esse importante episódio da cultura brasileira.

Foto: Gabriel Bonduki/ Acervo MIS

Entre os destaques da mostra da Casa de Vidro estão os desenhos originais de Lina Bo Bardi para o Circo Piolin e a recriação da arte gráfica de Willys de Castro para o cartaz e capa do catálogo. O artista neoconcreto interpretou a visão histórica de Bardi sobre o modernismo ao dispor em uma grelha de 4 x 4 imagens, 16 rostos recortados de 15 pinturas e uma escultura produzidas entre 1890 e 1945. Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Volpi integram o conjunto.

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