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Grátis: Sesc Pinheiros apresenta o grupo circense Rainhas do Radiador 

Foto: Ricardo Avellar

No mês de abril de 2022, o coletivo de palhaçaria feminina Rainhas do Radiador realiza uma temporada gratuita no Sesc Pinheiros, que fica na Rua Pais Leme, 195, Pinheiros, São Paulo – SP. O coletivo Rainhas do Radiador, que é formado por Loi Lima, Aline Hernandes e Ana Pessoa, duas palhaças LGBTs e uma negra, pesquisa a comicidade física feita por mulheres. Por meio de esquetes, acrobacias e cenas clássicas, as artistas usam de suas excentricidades e irreverência, não apenas para colocar mulheres dissidentes da norma em foco, mas também questionar a ausência e até o apagamento histórico de tantas outras figuras. 

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Nos dias 16, 17 e 21 de abril (sábado, domingo e quinta-feira – feriado), às 16h, o grupo apresenta o espetáculo “Raiow Rainhas”. A montagem retrata personagens extravagantes com números de habilidades que exaltam a potência presente em todo ser humano, subvertendo o que seria motivo de submissão, vergonha, exclusão, para que se tornem a potência máxima de um show criativo e muito divertido. 

Com direção de Geisa Helena, da Trupe Koskowisck, a peça é inspirada em figuras que fizeram história no circo, porém nunca tiveram este lugar de importância devidamente reconhecido, como as mulheres da Luta Livre, modalidade que ficou mundialmente conhecida com pouca visibilidade para a versão feminina.

Foto: Ricardo Avellar

Unindo palhaçaria, música, mágica, acrobacias e luta livre, a peça é uma brincadeira com os antigos “Circos de Parque” com figuras pouco convencionais, re-identificando-as com os atuais “excluídos” e “rejeitados” da sociedade. 

E nos dias 23 e 24 de abril (sábado e domingo), às 16h, o grupo apresenta “Quizumba”, que conta a saga de Ursa Maior, uma palhaça negra, dona de seu próprio circo, que apresenta um espetáculo apenas com a ajuda da sua companheira, uma capivara nada comum.

Utilizando palhaçaria, música, manipulação de bonecos e outros elementos, o espetáculo é um solo da palhaça Loi Lima, com direção de Renato Ribeiro, que homenageia, de forma lúdica e divertida, importantes figuras negras que influenciaram os rumos das cenas circenses. Além de propor uma reflexão sobre a forte influência desses artistas, também destaca a potência feminina negra na reinvenção das realidades, principalmente na  construção do circo brasileiro.

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