Montagem de Walda Marques (UFRJ) com fotos de divulgaçãocarnaval
Durante o mês de abril de 2022, o projeto Um Novo Olhar (UNO) promove o Festival Acessibilifolia, no Teatro Cacilda Becker, no Catete, Zona Sul do Rio de Janeiro. A programação, presencial e gratuita, começa na terça-feira, dia 5, e segue até 27 de abril. Destinada a pessoas com e sem deficiência, a agenda inclui rodas de conversa, apresentações e oficinas que têm como foco discutir a acessibilidade no carnaval carioca.
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Todas as atividades do Festival contam com recursos de acessibilidade física, interpretação em Libras e mediação acessível; e as apresentações, contarão também, com audiodescrição. A iniciativa integra o programa Arte de Toda Gente (ATG), uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música.
O Festival integra o programa Acessibilifolia, cujo objetivo é fomentar a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência nas festas populares do patrimônio cultural, tais como blocos de carnaval, grupos de frevo, boi e maracatu, entre outros. A partir desta iniciativa será possível gerar conteúdo e direcionar ações que busquem tornar os nossos festejos populares mais democráticos e inclusivos – não só para as pessoas com deficiência, mas para todos que compartilham desses espaços, promovendo a convivência e a diversidade.
O Festival promove atividades como oficinas de música e artes visuais, apresentações de grupos que trabalham a integração entre PCD e sem deficiência. Além de realizar rodas de conversa com a participação de grupos e instituições que já atuam na perspectiva da acessibilidade em seus festejos de carnaval. O carnaval tem, em sua essência, natureza democrática, mas para que esse ideal seja verdadeiramente alcançado, é necessário que a festa seja igualmente acessível a todas as pessoas, o que inclui as pessoas com deficiência.
Tornar o carnaval acessível significa dar condições para que pessoas com deficiência participem das atividades em todos os espaços que formam esse ambiente. É preciso garantir a representatividade da pessoa com deficiência, não apenas no público do carnaval, mas igualmente na organização de blocos e desfiles, na produção da música, da dança e de outras formas de arte, assim como no mercado de trabalho e na economia criativa que a festa movimenta.
É da maior importância dar visibilidade ao debate construtivo, não apenas para transformar as condições físicas e logísticas dos eventos, mas principalmente para apontar caminhos que levem a uma conscientização transformadora no modo de pensar e de agir das pessoas que deles participam. Desse modo, a experiência do carnaval contribui na promoção da cidadania cultural das pessoas com deficiência.