Katú Mirim – Foto: Ian (Agência Kozmos)
Essa terceira edição do Risco Festival é idealizado pela multiartista e curadora Natalia Mallo e ocupa a cidade de São Paulo com foco no risco artístico e na arte dissidente. Marcado para acontecer entre esta quinta-feira 31.03) e 3 de abril, de quinta a domingo, em diversos espaços, o Risco será uma oportunidade de tomar contato com produções artísticas ousadas, desafiadoras e inspiradoras, capazes de fortalecer comunidades dissidentes – em âmbito brasileiro e internacional – e continuar servindo como plataforma de encontros, trocas e cocriações. A programação é inteira gratuita, exceto pela festa no Studio SP e show de encerramento, que terá ingressos vendidos a preços populares.
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Destaques do festival são a dupla argentina de performance Lolo y Lauti, que tem circulado pelos eventos mais importantes de artes visuais da América Latina e do mundo. A dupla apresenta o filme “Carmen”, recriação da ópera de Bizet com elenco de mulheres trans e drag queens latinas. Além do filme, os artistas farão a performance “iSEXY”, em que discutem sexo, intimidade e realidade virtual.
O Risco ainda realiza dois eventos internacionais com foco em arte queer, o 6º Encontro Internacional de Arte Queer, com artistas de diversos países, e o QUEER LAB curadoria, com foco na internacionalização de artistas dissidentes do Brasil.
O público poderá participar ativamente da intervenção urbana a ser realizada no sábado, com ponto de encontro no Parque Augusta. Neste evento, serão distribuídos pelo centro da cidade lambe-lambes com imagens produzidas pela estilista e ativista trans jamaicana Emani Edwards com imagens impactantes que revelam a experiência trans e dissidente no Caribe.
Lisa Kerner – Foto: Divulgação
Nos shows musicais, Fifi Real, cantora argentina de tango queer, dividirá a noite com a cantora, atriz e colunista Marina Mathey. A festa oficial do festival, na sexta-feira, terá o show da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana no Studio SP da rua Augusta. A noite de sábado será embalada pela DJ Evelyn e pelo show “Glitch” do multiartista ALI. Outro destaque é a rapper indígena Katu Mirim, que se apresenta no fechamento do festival junto do bloco carnavalesco Explode Coração, que homenageia Maria Bethânia.
Fifi Real – Foto: Divulgação
A programação online traz a rapper franco-chilena Ana Tijoux com conteúdo produzido especialmente para o festival e uma conversa com a rapper indígena Katu Mirim, que também integra a programação presencial. “O Risco é um festival de dissidência, de risco no sentido artístico – trazemos artistas que podem incomodar, mas que também exercem em sua arte uma relação com o prazer”, conta Natalia.