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Theo Bial lança o single “Ela”; ouça

Theo Bial – Foto: Leo Aversa

“Ela” chega devagar, como um sopro de esperança no amor, que ecoa ao som dos metais e, acorde por acorde, verso a verso, revelando uma nova faceta de um artista jovem, mas com a bagagem cheia de boas referências. Theo Bial apresenta “Ela”, o terceiro single autoral de seu álbum de estreia, que será lançado ainda no primeiro semestre de 2022. Com produção de Celso Fonseca, a faixa revela a história de um amor que passou deixando muita inspiração. Ouça aqui.

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“‘Ela’ nasceu no violão, fruto da inspiração no soul brasileiro. Logo de início, gravei só com voz, violão, chocalho e piano. Depois, vieram batidas eletrônicas e bateria. Mas ainda não era o que eu queria. Deixei ‘Ela’ descansando. A gente não controla o tempo de uma música, ela tem vida própria, o seu período de maturação. Mas, no início deste ano, ao lado da banda liderada por Celso Fonseca, com os arranjos de Dudu Trentin, cheguei à forma que eu imaginava. Estou muito feliz com o resultado e espero que o público se identifique”, afirma Theo.

Em “Ela”, o artista não abandona elementos da bossa, uma de suas maiores influências. Mas, além do soul, agora eles ganham forte companhia do jazz. O resultado é uma balada com muito groove, que chama o público para dançar e promete entrar em playlists diversas. A voz e violão de Theo são acompanhados pelo suingue da guitarra de Fonseca, ao lado de componentes clássicos do soul, como o coro e um naipe de metais formado por trompete, sax e um potente solo de trombone, que teve linha melódica composta também por Theo. Uma rica textura percussiva dá o toque final à música, celebrando um feliz casamento de referências do soul com a MPB.

Se em “Nossa Paixão” e “Remelexo”, seus dois primeiros singles lançados neste ano, ele dava sinais de que vinha bebendo das melhores fontes da bossa e do samba, com direito a dueto com Mart’nália, agora o cantor e compositor explora novos caminhos. “Ela” é a consequência poética e melódica não apenas de uma história de amor, mas também das incursões de Theo na discografia de artistas como Djavan e Jorge Ben Jor, duas referências seminais da sonoridade do soul brasileiro.

E ele não poderia estar em melhor companhia nesta jornada. Na gravação de “Ela”, além do violão de Theo e guitarra de Fonseca, a banda é integrada por artistas que há décadas acompanham grandes nomes da MPB: Trentin, no piano; Alexandre Cavallo, no baixo; Flávio Santos, na bateria; Junior Moraes, na percussão, e Jorjão Barreto, no teclado. Acompanhados por Jessé Sadoc, no trompete; Marcelo Martins, no sax tenor; Rafael Rocha, no trombone; Eveline Hecker, Cecilia Spyer e Fonseca; nos vocais. A faixa tem arranjos de base de  Fonseca e arranjos de metais de Trentin.

Assim, com “Ela” Theo amplia os horizontes de sua criação, com o olhar atento e curioso de quem sabe que, para criar uma música que seja, ao mesmo tempo, contemporânea e atemporal, é necessário reconhecer a obra de quem nos trouxe até aqui.

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