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Ryan Reynolds  fala sobre “O Projeto Adam”, estreia da semana na Netflix

Foto: Divulgação/Netflix

Por Maiara Tissi

Uma das produções mais antecipadas do ano pela Netflix, “O Projeto Adam” estreia nesta sexta-feira (11.03) na plataforma. Protagonizado por Ryan Reynolds, o longa reúne o astro novamente com o diretor Shawn Levy, com quem trabalhou recentemente em “Free Guy – Assumindo o Controle”, produção indicada ao Oscar deste ano na categoria de Efeitos Visuais.

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Em “O Projeto Adam”, além de muita ação e efeitos visuais também impactantes, o público é convidado a viajar no tempo com Adam Reed (Reynolds), um piloto que precisa entender o passado e salvar o futuro. Em sua jornada, encontra o pai falecido e a uma versão mais jovem de si mesmo. Estão no elenco também os astros Mark Ruffalo, Jennifer Garner e Zoe Saldaña.

Para contar mais sobre o lançamento da Netflix, conversamos com exclusividade com Reynolds. O ator revela o que o atraiu em “O Projeto Adam” e o processo de imersão nostálgico e emocionante do filme.

O “Projeto Adam” é a segunda colaboração criativa de vocês, depois de “Free Guy – Assumindo o Controle”. Como aconteceu esse reencontro?

Assim que terminamos “Free Guy – Assumindo o Controle”, nós imediatamente falamos: “Qual vai ser o próximo trabalho?”. O” Projeto Adam” preencheu todos os requisitos. Mesmo sendo bem diferente de” Free Guy – Assumindo o Control”e tanto no tom quanto no clima, ainda era o tipo de projeto capaz de agradar a vários públicos que nós dois tanto amamos.

O que atraiu você nessa história?

O filme acabou sendo muito pessoal para mim. Meu pai faleceu há alguns anos e, por muito tempo, eu contei para mim mesmo várias histórias sobre ele que me ajudaram a entender melhor as minhas falhas. Mas quando entendi que eram só histórias, eu me dei conta de que o motivo de ter tanta raiva do meu pai não era por ele ter sido má pessoa ou péssimo pai. Era simplesmente porque ele tinha morrido. No fim das contas, eu estava furioso com meu pai por ele ter falecido. E achei muito interessante que o meu personagem, Adam, consegue voltar e ver o pai, não só quando ele está vivo, mas quando os dois têm a mesma idade. Naquele momento, eles não se olham como pai e filho e sim como iguais.

Como foi o processo de revisar o roteiro, considerando o quanto essa história é pessoal para vocês dois?

Eu amei essa ideia, das histórias que contamos para nós mesmos com o intuito de explicar o mundo em que vivemos. Além disso, Shawn e eu descobrimos que funcionávamos muito bem escrevendo juntos. Foi um período tão maravilhoso que eu realmente gostaria de voltar no tempo para viver tudo de novo! Para mim, foi a mesma sensação de jogar bola no quintal com meu pai. Por mais estressante e frustrante que seja dar forma a uma história, esse período que passamos juntos foi mágico.

Foto: Divulgação/Netflix

O “Projeto Adam” é tão nostálgico que lembra um tipo de filme que não se faz mais hoje em dia. O que inspirou vocês a criá-lo?

A nostalgia tem uma força imensa. Nosso filme segue os passos dessas produções no sentido de que há uma ausência total de cinismo narrativo e uma abundância de mistério, misturado com humor, leveza e momentos incrivelmente emocionantes. Essas produções também têm um elemento maravilhoso de ação e aventura. Então, a oportunidade de fazer um filme como esse foi difícil de conseguir, mas valeu a pena para nós dois porque é uma história muito pessoal. Não fiz muitos filmes que refletiam a minha própria vida, como acontece em “O Projeto Adam”.

Foto: Divulgação/Netflix

Como você definiria o filme?

Para mim, essa é uma história de reencontro entre pai e filho, ainda que seja ao longo do espaço e do tempo. Acho que, para muitas pessoas que perderam um pai ou mãe, conseguir se despedir como a pessoa que você é agora, comparado a quem você era quando ele ou ela partiu é a realização máxima de um desejo. Tudo nessa história soou verdadeiro para mim, o que levou a um resultado completamente diferente em termos da minha atuação. Costumo evitar a fragilidade, mas essa história era tão bem fundamentada que realmente me fez mergulhar fundo. E, ao longo do filme, eu senti que precisava me reconciliar com algumas coisas que ainda carregava no meu dia a dia, como uma sacolinha de pedras.

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