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Dia do DJ: faixas que marcaram a história da música eletrônica

Camila Jun – Foto: @cria.mov

Comemorado há 20 anos no dia 9 de março, o Dia do DJ surgiu para celebrar essa profissão tão prestigiada ao redor do mundo. Responsáveis por entregar a mixagem perfeita e criar uma conexão firme e emocionante com a pista, o DJ é um ser essencial quando o assunto é causar emoções, levar o ouvinte para uma viagem sonora e unir pessoas por um mesmo propósito ao redor do globo: a música.

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Esse dia tão especial foi criado por iniciativa de duas instituições de caridade que utilizam a música para ajudar a tratar pessoas enfermas (a World DJ Fund e a Nordoff Robbins Music), e reafirma a importância dos DJs, ou Disc Jóqueis como dizia-se antigamente. Para celebrar a data, Chemical Surf, Camila Jun e Gianni Petrarca escolheram as faixas que mais marcaram a (r)evolução sonora da música eletrônica dos anos 1990, 2000 e 2010.

Dispensando apresentações, o duo Chemical Surf é um dos maiores nomes da música eletrônica brasileira, que espalha o toque único do nosso som Brasil afora. Idealizado em 2005, o duo se tornou referência no que diz respeito à criatividade, trazendo novos olhares e perspectivas para produção musical.

Por sua vez, Camila Jun é um dos nomes mais promissores do House brazuca. A DJane, produtora e empresária já está em seu quinto episódio de live sets nos cenário mais exuberantes de Brasília, sua cidade natal, e promete para 2022 lançamentos com grandes artistas internacionais.

Gianni Petrarca, ítalo-brasileiro que vive em Miami, garantiu seu lugar na Radio Revolution 93.5, rádio referência em música eletrônica na Flórida, com o programa Rescue Radio Show, dando espaço aos brasileiros que fazem sucesso no exterior, além de somar mais de 2 milhões de streams no Spotify.

Gianni Petrarca – Foto: divulgação

1990

Chemical Surf: Paul Johnson – Get Get Down (1999)

“Escolhemos uma faixa de house music dos anos 90 e uma de techno dos anos 2000. Esses são os dois estilos que mais nos influenciaram dentro da música eletrônica. A clássica “Get Get Down” do Paul Johnson, que nos deixou recentemente, é uma faixa que nos faz querer dançar até hoje, mesmo tendo sido lançada há 23 anos atrás. Música boa não fica velha!”

Camila Jun: Hardrive – Deep Inside (1993)

“Selecionar tracks dos anos 90 dentro do estilo House Music sempre traz um sentimento bom de nostalgia. Foi nesse período que o gênero ganhou enorme escala no mundo, saindo dos clubs nichados e ganhando cada vez mais espaço nas diversas pistas de dança e até mesmo nas rádios. Poderia ilustrar essa popularização com os clássicos “Gypsy Woman” ou “Show me Love”, mas vou escolher “Deep Inside”, dos lendários Louie Vega e Kenny Dope, também conhecidos como Master at Works. A track, que foi baseada em um sample da música “Beautiful People”, de Barbara Tucker, serviu de base para inúmeros edits, samples e remix, dos mais diversos gêneros e artistas – vide “Fade” de Kanye West (2016). Um verdadeiro ícone da House Music!”

Gianni Petrarca: Ultra Naté – Free (1998)

“Considerado um dos hinos da House Music e com um riff inesquecível ainda utilizado como samples por diversos artistas na atualidade, “Free” já trazia um bass com muito groove e vocais com grande influência gospel.”

2000

Chemical Surf: Dave the Drummer & Chris Liberator – Untitled (Hydraulix 18 A1) (2006)

“Essa faixa do Dave the Drummer com o Chris liberator nos remete ao tempo dessa linha de techno “old school” quadrado, da vontade de estar na pista de um club escuro!”

Camila Jun: Layo & Bushwacka! – Love Story (2002)

“Essa track dispensa apresentações. Mesmo quem não conhece muito de House Music, já deve ter ouvido essa melodia em algum momento da vida. Com uma pegada típica dos anos 2000, a música traz novos elementos de tecnologia, mas sem perder as raízes do movimento House. Criada pelo duo britânico Layo & Bushwacka!, a história conta que, a princípio, a dupla não botava muita fé no desempenho dessa track e quase desistiram de lançar. Porém, para nossa sorte, resolveram distribuir algumas promos para alguns artistas e quando eles começaram a tocar nos clubs e festivais, a aceitação na pista foi imediata, fazendo com que a música, em pouco tempo, virasse um sucesso. Pouco tempo depois, o duo lançou o remix “Love Story (vs Finally)”, que usa samples de “Rags & Old Iron” de Nina Simone e “Mongoloid” de Devo. A parte “Finally” do single é um vocal do single “Finally” do projeto de House Music americano The Kings of Tomorrow. Original ou remix, ambas fazem sucesso até hoje e podem ser consideradas ícones da geração 2000 da House Music.”

Gianni Petrarca: X Press 2 ft. David Byrne – Lazy (2002)

“Essa faixa foi lançada no início de 2002 além de figurar no topo dos charts pela Europa também traz a recordação do icônico DVD “Big Beach Boutique II” do Fatboy Slim performando em seu set com a versão de Norman Cook dub.”

Chemical Surf – Foto: @adrieldouglas

2010

Chemical Surf: Chemical Surf – Hey Hey Hey (2017)

“Nos anos 2010 até 2022 escolhemos a “Hey Hey Hey”. Fizemos essa música despretensiosamente quando o estilo de som brasileiro começava a ganhar força, ela acabou se tornando nossa faixa com maior visibilidade até hoje e uma parte muito importante da nossa carreira.”

Camila Jun: Dennis Ferrer – Hey Hey (Riva Starr Paradise Garage Mix) (2020)

“Um hit é um hit! E ‘Hey Hey’, de Dennis Ferrer, é um exemplo disso. Moderna e profunda, com o poderoso vocal de Shingai Shoniwa, a track apresenta uma identidade fresh para a cena House. O que já era bom, ficou ainda melhor. O remix de Riva Starr, que traz o inconfundível sample de Donna Summer em “I Feel Love”, confere à track uma versão mais intensa e pronta para ferver qualquer pista!  Quem toca ou ouve essa versão, não tem como ficar parado”.

Gianni Petrarca: Mk, Becky Hill – Piece Of Me (2016)

“Lançada em 2016 com os vocais de Becky Hill trazendo claramente a referência gospel e o piano e baixo produzidos por MK compondo o groove para esta incrível obra da house music. A música vive em constante mudança tanto na parte melódica quanto até mesmo na escolha de timbres, e isso reflete muito até mesmo o ambiente externo e o momento em que vivemos. Mas embora este ciclo se renove vemos que as influências e marcas sempre estão presentes mesmo que nas produções atuais”.

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