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Mostras no Museu da Cidade de SP abordam lutas sociais, arquitetura e desenvolvimento urbano

Foto: Divulgação

A arquitetura ultracolorida de Artacho Jurado, os painéis de Bramante Buffoni, documentos e imagens históricas de diversas lutas sociais, bandeiras em sinal de protesto, instalação que discute o desenvolvimento urbano na capital paulista. Todos esses elementos e temáticas são abordados em exposições no Museu da Cidade de São Paulo (MCSP) que conta com 13 unidades em diferentes pontos da capital paulista. Com entrada gratuita, as mostras podem ser visitadas de terça a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. As visitas seguem os protocolos de controle à pandemia, com uso obrigatório de máscaras.

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O italiano Bramante Buffoni se tornou célebre por seus trabalhos em espaços públicos da capital paulista durante a década de 1950. Até hoje é difícil passar incólume por seu piso geométrico na Galeria do Rock ou por seus murais no Edifício Nobel da Avenida Higienópolis. Essa proeza só foi possível por sua formação na Itália, ocorrida entre os anos 1930 e 1950, que o colocou em evidência nos cenários artístico e industrial europeus.

Foto: Divulgação

Na exposição “Buffoni – Desenhos Para a Modernidade” é possível conferir 20 fotografias dos trabalhos do artista realizados na Itália, reproduções de algumas de suas obras mais conhecidas e um vídeo homenageando os murais realizados nas ruas da capital paulista. A mostra com curadoria de Patrícia Freitas é gratuita e está em cartaz na Casa Modernista.

Conjunto de cinco exposições, “Memória da Resistência”  dedica-se ao que “vem antes”, de pautas como: mulheres contra o machismo, negros contra o racismo, LGBTQIA+ contra a homofobia, indígenas contra a invasão de terras e ambientalistas contra o desmatamento. Embora sejam centralizadas sob o mesmo nome, as mostras dedicadas a cada uma dessas lutas são independentes, pois trazem as marcas históricas de cada um de seus atores sociais, ainda que levantem pontos de convergência entre si. 

“Longe de ser uma, é pluriversal e polifônica”, define a curadora desse conjunto expositivo, Alecsandra Matias. 

Foto: Divulgação

Elas Vão às Ruas”

A mostra Elas Vão às Ruas”, na Casa da Imagem, localizada na Sé, retira a mulher do lugar de passividade, submissão e dos espaços privados (a tutela, a casa, o lar, o prostíbulo) e a leva ao espaço sempre reservado à ação do masculino: a rua.

“Tudo tem espírito”

Em São Paulo, os territórios indígenas mesmo apagados pela história oficial ou referenciados somente em nomes de logradores, monumentos e lugares constituem-se em memória resistente; está lá mesmo quando negada ou não compreendida. A preocupação da mostra “Tudo Tem Espírito”, no Solar da Marquesa de Santos, localizado na Sé, está em fazer emergir esses territórios obliterados e discutir a situação atual.

“Eu Era Carne, Agora Sou Navalha”

A mostra Eu era carne, agora sou navalha, no Solar da Marquesa de Santos, localizado na Sé, propõe uma discussão sobre negritude e branquitude por meio de exemplos vindos da imprensa da cidade de São Paulo, passando por fotos e manchetes que mostrem o negro na grande imprensa, além de situações registradas pela mídia que mostrem o “privilégio branco”.

Foto: Divulgação

“Brenda Lee: a Anja dasTravestis”

A mostra “Brenda Lee: a Anja das Travestis”, marcada para ocorrer a partir do dia 30 de outubro na Casa do Tatuapé, privilegia dois fios condutores: a luta de Brenda Lee, como pioneira, no amparo às travestis, infectadas ou não pelo HIV, e a emergência dos discursos ligados as populações LGBTQI+.

“Alfred Usteri, a Botânica do Tempo”

A mostra “Alfred Usteri, a Botânica do Tempo”, na Casa do Butantã, tem como objetivo trazer à tona a cidade antes da metrópole modernista e os primeiros raios de uma nova ciência chamada ecologia – fonte inesgotável de reflexão e de ações voltadas ao meio ambiente que, hoje, é causa planetária.

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