Foto: Priscila Nicheli
Juliana Knust está completando 25 anos de carreira. Com sua carinha de menina, nem parece que já se passaram tantos anos, mas é que ela começou cedo. Deu início aos 15 anos, à época já fazia curso de teatro há 3, e nunca mais parou. “Fiz alguns cursos no Rio, e quando estava no Tablado, me chamaram para fazer um teste para a saudosa Oficina de Atores da Globo. Fui aprovada e foi uma das experiências mais incríveis que já vivi.”
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Aí começa carreira de Juliana na TV, ela foi fazer “Malhação”, na temporada de 1997 da TV Globo. Depois de algumas participações em outros programas, foi chamada para fazer a personagem Sandra, na novela “Celebridade”, em 2003, em que formava par romântico com Bruno Gagliasso, e que foi um grande sucesso.
Foto: Priscila Nicheli
Daí em diante ela não parou mais, foram muitas novelas na TV Globo, além de outros programas da emissora. Fez também trabalhos na Record TV, para onde voltou agora e onde viverá uma personagem inusitada em uma série jovem que tem pegada bíblica, porém contemporânea.
A série “As Garotas em Mim” vai contar a história da influenciadora digital Mirella, uma jovem de 17 anos que, em meio aos desafios da sua geração e aos conflitos familiares, percebe semelhanças entre o seu atual momento e as personagens femininas bíblicas.
“Eu interpreto Giane. A personagem é casada com Alessandro, personagem do Juan Alba e, juntos, são pais do adolescente Gustavo, o vilãozinho da turma jovem.”
Foto: Priscila Nicheli
Animada com a possibilidade de fazer diferentes papéis – Juliana interpretará personagens bíblicas também -, a atriz conta que é a primeira vez que fará um papel do gênero e que acredita que vai ser um grande sucesso. “Acho que esse projeto tem tudo para ser um grande sucesso. É uma história leve, para a família toda. Os jovens vão curtir muito também. De fato, é uma personagem bem diferente das que já interpretei e sou grata por essa possibilidade”, conta.
Além da série, Juliana pretende voltar aos palcos ainda neste ano com a peça “Parabéns, Sr. Presidente – In Concert”, em que interpreta Marilyn Monroe ao lado de Claudia Ohana e que esteve em cartaz em 2021. Ah, ela também espera a estreia de uma série de cinco capítulos que fez para streaming. Ou seja, vem muita coisa ela frente na carreira de Juliana.
Leia a seguir o papo que RG levou com a atriz.
Como você avalia esses seus 25 anos de carreira?
São 25 anos de aprendizado, amadurecimento, realizações, frustrações, grandes parcerias, personagens inesquecíveis, ansiedade pelo que vem depois, alegria de estar no momento presente, novos ciclos, oportunidades, reconhecimento, luta, fé e gratidão por conseguir viver e sobreviver da minha arte por todo esse tempo.
Foto: Priscila Nicheli
Voltando lá atrás, como começa sua carreira de atriz?
Minha carreira começou despretensiosamente aos 15 anos. Aos 12, iniciei um curso de teatro em Niterói (RJ), sem nenhuma pretensão de seguir uma carreira na área. Mas me apaixonei pelo processo. E decidi seguir em frente. Fiz alguns cursos no Rio, e quando estava no Tablado, me chamaram para fazer um teste para a saudosa Oficina de Atores da Globo. Fui aprovada e foi uma das experiências mais incríveis que já vivi. Uma imersão no mundo da arte. Aulas de interpretação, dança, expressão corporal, canto, história da televisão… Saí da Oficina contratada para fazer Malhação no fim de 1996. Fiz a temporada de 1997 e, a partir daí, começa a minha vida na televisão. As peças profissionais vieram após os meus primeiros trabalhos na TV.
O que te fez partir para arte?
Eu ainda era uma menina quando comecei. E o teatro me ajudou muito a me libertar de algumas “amarras” da infância. Sempre fui muito insegura, tinha medo de tudo. E me escondia debaixo de asa da minha mãe. O teatro me ajudou a ter autoconfiança e a expressar melhor meus sentimentos. Me ajudou a ter mais responsabilidade, autoestima e ser mais criativa. Na verdade, aprendi a não ter medo de errar. Aprendi que tudo o que vivemos faz parte do nosso desenvolvimento, do nosso processo. Fiquei mais leve. Eu costumo dizer que aulas de teatro deveriam fazer parte de currículo escolar. Porque, independentemente de seguir ou não nessa profissão, o teatro forma pessoas. Fortalece a autoestima. É um processo terapêutico.
Foto: Priscila Nicheli
Chegou a trabalhar em outras áreas?
Não. Porque comecei muito nova! E papai do céu também foi muito generoso comigo. As coisas foram fluindo.
Como surgiu o convite para fazer “As Garotas em Mim”, da Record TV?
Ja fiz outros trabalhos na Record e foram experiências bem bacanas.
Dessa vez, estou tendo a oportunidade de trabalhar com um diretor que eu ainda não tinha trabalhado. O Rudi Lagemann, nosso querido Foguinho. Estou feliz. Adoro conhecer pessoas novas, novas formas de trabalhar… Acho que temos um lindo projeto nas mãos. Uma super aposta em um novo formato. Contemporânea e bíblica, ao mesmo tempo. Tem tudo pra ser um sucesso.
Conte sobre sua personagem, com ela é, além de ex-modelo e mãe protetora?
Giane é ex-modelo. Já foi miss Floripa (a história se passa no Sul do Brasil) e agora tem uma escola de modelo para jovens. É casada com Alessandro e, juntos, eles têm um filho chamado Gustavo, o vilão da turma jovem. Giane é o tipo de mulher que não mede esforços para conquistar o que deseja, mesmo que isso signifique passar algumas pessoas para trás. É uma pessoa dissimulada, interesseira. Além disso, é uma mãe superprotetora. E tenta proteger o filho mesmo em situações completamente absurdas. Gustavo é o vilão da turma jovem, apronta demais. Extremamente mimado, não está acostumado a sofrer consequências de suas atitudes erradas. Enfim… acho que essa família vai dar o que falar.
Foto: Priscila Nicheli
Como se preparou para o papel, em que se baseou?
Sempre que vou iniciar um novo trabalho, busco referências em filmes e séries. E temos sempre o acompanhamento de uma equipe de coachs maravilhosos com a gente. Que nos ajudam a fazer um estudo de personagem, de personalidade. Acho que a Giane é uma personagem bem diferente de tudo que já fiz ao longo da minha carreira. Tenho me divertido bastante com ela. E descobrindo, a cada dia, mais alguma característica interessante dessa personagem cheia de nuances e segredos.
Além da Giane, também participo de alguns personagens bíblicos e esse jogo de poder fazer vários personagens em um mesmo trabalho vai ser fantástico.
A novela tem pegada bíblicas, é seu primeiro papel nesse gênero?
Fui protagonista de “Apocalipse”, uma trama bíblica porém contemporânea. Falávamos sobre algo que ainda não aconteceu. Depois fiz Jezabel e realmente voltamos no tempo pra contar a história. Agora faço uma bíblica em um outro formato, completamente diferente. Gosto disso.
Qual sua expectativa com o folhetim?
Acho que esse projeto tem tudo para ser um grande sucesso. É uma história leve, para a família toda. Os jovens vão curtir muito também. Tivemos uma reunião de elenco no início do projeto e o Foguinho nos mostrou referências de linguagens e conceitos que ele pretende usar na série, e deixou todos nem animados. É um projeto inovador.
Juliana Knust e Claudia Ohana na peça “Parabéns Sr. Presidente – In Concert”- Foto: Pino Gomes/Divulgação
Pretende retomar a peça “Parabéns, Sr. Presidente – In Concert”?
É uma peça linda e deveria ser realizada por todos os cantos do Brasil. Temos a ideia de voltar sim. Mas precisamos de apoio, patrocínio. A cultura tem sofrido muito nesse País. Está difícil conseguir realizar um projeto, principalmente quando falamos em teatro. Mas somos brasileiros e não desistimos nunca! Estamos correndo atrás. Esse é o tipo de espetáculo que deveria ter muitos anos de vida!
Para quando está prevista a estreia?
Ainda não temos essa informação. Acredito que ainda no primeiro semestre.
Créditos
Fotos: Priscila Nicheli.
Styling: Samantha Szczerb.
Make: Patricia Nicheli.