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Música eletrônica: Dre Tarde volta ao Clube Esperia em grande estilo

foto: Divulgação

O sábado Dre Tarde chega à sua 35ª edição no dia 26 de março. O evento retorna à sua casa original, o Clube Esperia, em São Paulo. Cerca de 3.000 vão curtir o som do dono da festa, Dre Guazelli. 

Do organic house ao melódico, por seis horas seguidas, ele vai passerpor diversas vertentes da música eletrônica.

Inspirada em grandes festivais do Brasil, com o UP, e também do exterior, como o Burning Man, a ideia da festa é que as pessoas se permitam sentir: música, comemorações e novas amizades. Os convites começam a ser vendidos no dia 7 de março, terça-feira de Carnaval, pelo app do Ingresse.

Saiba mais sobre a festa lendo a seguir a entrevista com Guazelli feita por RG.

foto: Divulgação

Qual a maior diferença entre a primeira e a última edição. O que melhorou e o que piorou?

A diferença entre a primeira e a última edição realmente é o tamanho, a dimensão do evento. Mas o amor e respeito pelo próximo são os mesmos, é um ensinamento que tentamos passar sempre. Claro que quando um evento aumenta de 300 para 3.00 pessoas, os desafios e as dificuldades também aparecem, mas com a ajuda de todo mundo tem sido uma missão vencida manter esses fatores equilibrados. Na minha opinião, não tem piora, e, sim, melhora, tudo é uma evolução e nós mantemos todos os barquinhos para que essa evolução continue com todos remando, tanto nós que fazemos a festa como o público num geral.

Como você consegue manter esse público seleto em um momento que a cena eletrônica tem sido invadida por criminosos que vão apenas para furtar e vender drogas?

O público se mantém e cresce porque os amigos estão sempre unidos levando outros amigos. É um ambiente seguro para quem está de coração aberto e é desfavorável para uma onda de energia ruim, pessoas que não estão na mesma frequência batem e voltam ou até mesmo nem vão para o evento. Quanto mais forte tivermos uma ligação de “um cuidando do outro”, menos possibilidade teremos de alguém passando mal por droga, alguém realmente vendendo droga ou furtando. Quanto mais conectados estivermos, e é o que eu tento passar pra todo mundo, desde o pessoal que trabalha até o público presente, menos chance de entrar energia que não gostaríamos.

foto: Divulgação

Qual é o pilar do Dre Tarde? Quais são valores por trás disso?

O pilar principal do Dre Tarde é o “se permita sentir”. É sobre sentir a música, estar de coração aberto para fazer novas amizades, comemorar os aniversários do dia ou do mês e tentar transformar cada edição em um Réveillon fora de época. É o respeito ao próximo, sorriso para o próximo, se permitir para fechar os olhos e curtir o momento sem se preocupar com o que você está vestindo ou se você é “assim ou assado”. Todos são muito bem-vindos no Dre Tarde!

Para quem não conhece o Dre Tarde, você pode explica um pouco sobre como é?

O Dre Tarde serve, nas seis horas que estou tocando, como uma viagem sonora dentro da música eletrônica. Eu começo em um organic house ou deep jouse mais progressivo e melódico, entro na parte central onde é uma música eletrônica de mais fácil digestão, geralmente misturo artistas mais pops, mas segue sendo uma mistura bem saudável de mixagem musical. Mais tarde entramos na parte com o saxofonista e violinista ao vivo, que deixa a situação bem mais intimista e as duas horas finais do meu set são mais progressivas e fortes, com um pouco de tech house também. O set agrada gregos e troianos sem perder a minha identidade musical. 

foto: Divulgação

Para a 35ª edição o que você trará de novo? Tem algo especial? 

Eu acho que a cada edição tudo que tem de novo são mixagens novas, novos artistas para tocar e o mais especial é o encontro das pessoas e essa evolução que todos fazem juntos. De pouco a pouco, chegamos em surpresas boas! A surpresa especial é que vamos voltar para um local, o Clube Espéria, que já foi palco de várias edições e vamos fazer embaixo de árvores, quem já foi sabe como é mágico, e, quem ainda não foi, ficará maravilhado.

Você pretender expandir a festa? Fazê-la crescer a ponto de virar um festival ou quer mantê-la intimista?

Eu gosto da ideia de expandir a festa, como tem acontecido naturalmente cada vez maior e melhor, mas tenho um objetivo que é levá-la para fora de São Paulo, para divulgar o meu trabalho como DJ e também esse clima especial e único da festa.

foto: Divulgação

Em quais festas, eventos e clubes você se inspira para desenhar a Dre Tarde?

Graças a Deus já viajei bastante para tocar e em cada lugar que vou pego uma inspiração para criar algo parecido, desde Burning Man até os clubs em Ibiza. Os performers vêm das minhas tocadas em Ibiza, os valores e mandamentos vêm do Burning Man e do Universo Paralello, vou pegando um pouquinho de cada coisa e junto em um universo que traga mais paz para gente e que faça com que aquele momento seja eterno. 

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