Definir o que o carnaval representa na identidade brasileira é um desafio complexo. Exceto para o Olodum, grupo baiano que há mais de 40 anos marca a história da música brasileira com sua orquestra de percussão. “Conexão cultural, é sinergia ancestral, misturando toda raça e toda cor. É mais que uma diversão, é como religião”: são esses os versos que Mateus Vidal entoa para sintetizar a energia da data no novo single do conjunto, “Siga a Música“.
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A faixa traz uma parceria inédita: a banda se une a marca Rider e entra de cabeça na coleção #Papetou para reverberar a essência carnavalesca. A música está disponível nas plataformas digitais desde sexta-feira (18.02).
“O carnaval é a efetivação dos valores que a brasilidade carrega, é momento de união, de alegria, e de resgate cultural. Não é à toa que essa data tem a importância que tem, ela reflete a história do país, suas lutas, e os sentimentos de felicidade e acolhimento que são partes inerentes da nossa identidade”, comenta João Jorge, presidente do grupo que tem a folia como berço. O resgate mencionado, inclusive, foi ponto de partida para esse featuring com a Rider, que juntou os territórios da música e da moda para ressaltar que “ressaltar “que o tambor é a pulsação que traz o seu Axé”, como diz a letra.
Os versos, inclusive, costuram a sonoridade da faixa que tem a vibração da percussão do Olodum como protagonista. Além de passear pela história do carnaval, a composição lírica esbanja naturalidade ao unir o universo da banda e da marca no refrão, onde o nome da coleção da Rider, #Papetou, aparece como um “grito de guerra” que sintetiza a intensidade da folia carnavalesca. O termo faz referência às papetes da marca e incorpora na música a potência visual que os calçados têm para compor diferentes looks.
A pluralidade de manifestações foliãs que é vista Brasil afora também encontra o caminho do single do grupo, que, além da Rider, já colaborou com nomes como Michael Jackson, Jimmy Cliff e Paul Simon. Somado ao samba-reggae, ritmo criado e popularizado pelo Olodum, os tradicionais frevo e maracatu pernambucanos são exaltados na canção — que ainda destrincha as misturas de instrumentos experimentadas no carnaval, quando vocaliza que “é tamborim com agogô, juntou guitarra com tambor, o meu pandeiro chacoalhou. Misturou, misturou”.