Totalmente diferente de seu galã bon-vivant Bernardinho, de “Nos Tempos do Imperador”, novela das 18h da TV Globo que terminou recentemente, Gabriel Fuentes tirou o figurino de época e mostra versatilidade em ensaio para RG. Dono de um cabelo famoso, ele é o único brasileiro embaixador de uma das maiores marcas de cabelo do mundo, a Pantene, ao lado de Marina Ruy Barbosa, Camila Queiroz e Gisele Bündchen.
SIGA O RG NO INSTAGRAM
Questionado sobre suas semelhanças com o personagem Bernardinho, Fuentes diz que eles são, na verdade, completamente diferentes. “Eu sou muito mais discreto. Sei ser galanteador quando quero, mas o Bernardinho era o tempo inteiro”, conta.
Natural de Pedro Leopoldo, pequena cidade de Minas Gerais, o artista, muito família, deixou tudo para trás para seguir seus sonhos em terras cariocas. Para isso, vendeu sanduíches, trabalhou como assistente de cozinha e em portaria de teatro. “Fiz de tudo focado em realizar meus sonhos e meus objetivos, e não me arrependo. Quem me segue nas redes sociais sabe que não costumo me colocar como vítima. Gosto de servir de exemplo para novas pessoas seguirem seus sonhos, na área que for”, diz.
Fuentes conquistou seus mais de 600 mil seguidores dessa forma. Vegetariano, amante da natureza e dos esportes, defende que estar bem consigo mesmo é melhor do que ter o corpo perfeito. “Acho que é por isso que dizem que inspiro pessoas”, reflete. “Mostro aquilo que sou e minha verdade. Não esperava que seria tão abraçado pelo mercado, mas é uma forma de expressão também, e gosto muito”.
O ator também faz sucesso com seu programa “Na Cozinha com Fuentes”, no ar em seu Instagram. “Minha mãe sempre cozinhou bem e eu já tinha interesse, mas trabalhar como auxiliar de cozinha também me despertou algo nesse sentido. O ‘Na Cozinha com Fuentes’ veio de forma genuína. Eu, durante a pandemia, comecei a postar minhas receitas, e o interesse da galera que me segue foi surgindo. Eu adoro cozinhar, deixar o prato bonito para as pessoas… Então, em uma conversa com meu empresário, Carauta (Felipe), surgiu o projeto e, hoje, graças a Deus, é um sucesso. Já temos propostas de temporadas totalmente diferentes e é algo que faço com o maior prazer”, comemora.
O vegetarianismo na vida de Fuentes já vigora há dez anos. Ele começou com a carne vermelha, e evoluiu para a branca. Segundo ele, a iniciativa tem como o objetivo não apenas os animais, mas o planeta. “Como eu venho de uma família com uma cultura muito carnívora, eu fui entendendo, pesquisando, me aprofundando e fui parando naturalmente. Assim já são dez anos que não como nenhuma carne vermelha e há um ano que não como nenhuma carne branca. É uma filosofia que sou completamente consciente. Não só pelos animais, mas também pelo planeta. E quanto mais a gente se aprofunda nessa filosofia, mais entendo o impacto que isso faz, não somente na minha vida, no meu organismo, mas no planeta em si, ao todo”.
Esportista nato, Fuentes aproveitou o período da pandemia para estudar e mergulhar no mundo do autoconhecimento. Além dos diversos esportes que pratica, tem conhecido cada vez mais a ioga e a meditação, suas paixões atuais, e se aventurando na cozinha. “Por mais triste que seja o momento que o mundo está passando, serviu para o meu autoconhecimento. Estudo muito sobre e procuro compartilhar meus aprendizados. Serviu para que eu me entendesse melhor e para manter a vida em um constante equilíbrio.”
Para 2022, ele sonha alto. “Tenho muitos planos, mas sou um cara que gosto de realizar, traçar meus focos e objetivos. Posso dizer que vem muita coisa legal por aí. O céu é o limite, com certeza. Sou um cara obstinado, focado, e não tenho medo de correr atrás dos meus objetivos. Com certeza busco desafios.
Sobre o atual momento que o Brasil enfrenta na arte, Fuentes é direto e diz que é um ato de resistência. “Acredito que meus personagens precisam estar na frente das minhas opiniões pessoais. Porém, trabalhar com cultura hoje é um ato de resistência. Está cada vez mais difícil ser artista no Brasil. Estamos em um momento do país que dificulta cada vez mais nossa cultura, e precisamos ser resilientes. Mas eu tenho muita fé na humanidade e nas pessoas. A cultura e a arte no geral é um movimento de cura para um País tão sofrido e sem esperança”, finaliza.
Créditos
Fotos: Giselle Dias.
Styling: Paulo Zelenka.
Beauty: Vivi Gonzo.