Obra de Taly Cohen – Foto: Divulgação
A exposição coletiva de artes visuais “Universos Paralelos” reúne um seleto time de artistas nacionais e internacionais que apresentarão seus trabalhos entre os dias 16 de fevereiro e 05 de março na Cosmos Galeria de Arte, em Balneário Camboriú, SC. O tema engloba aspectos íntimos e intrínsecos de cada artista, transcendendo das sugestivas percepções quânticas do título para a necessidade de escapismos instantâneos de consciência, alcançando dimensões existenciais concomitantes à sua realidade, materializando seus sentimentos mais profundos em distintas expressões de arte.
Obra de Taly Cohen – Foto: Divulgação
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Dos artistas elencados, seis são estrangeiros: Arol (Argentina); Diego Molina (Espanha); Francesca Dalla Banetta (Itália); Hans Henrik Fischer (Dinamarca); Ivana Stulic (Croácia) e Jesus Angel Sulbaran (Venezuela). Os demais são brasileiros: Carlos Chá, Cassiano Cruz, Claudia Liz, Edu Cardoso, Eleotherio Netto, Felipe Scandelari, Iolanda “Lana”, José Gonçalves, Lavalle, Lucas Lamenha, Luciana Bastos Siebert, Renata Kandelman, Rodrigo Zampol e Taly Cohen.
Obra de Taly Cohen – Foto: Divulgação
Apesar de ter sido criada há apenas dois anos, a Cosmos Galeria de Arte vem se destacando e conquistando seu espaço entre as melhores galerias de arte contemporânea da região Sul do país. Recentemente, a Cosmos também iniciou parcerias com galerias de arte de outros países, como a suíça Pictrix, por meio de intercâmbio de artistas.
No início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, Taly Cohen desenvolveu na janela de seu apartamento, localizado em São Paulo, uma interferência urbana criada com rede de polietileno e fitas de cetim coloridas. Essa era sua maneira de enviar mensagens de esperança e otimismo em meio ao caos e insegurança estabelecidos em todo o mundo. Após essa criação, a artista iniciou uma série chamada: “Janelas de Quarentena”.
Obra de Taly Cohen – Foto: Divulgação
Nesse segundo momento, Taly desenvolveu um trabalho tridimensional, abordando o tema com linguagens pictóricas e escultóricas. Ela então fez uma pesquisa aprofundada sobre o isolamento nas grandes cidades e nos pequenos mundos, ditado pela quarentena. Neles, as janelas eram a única conexão com o mundo exterior, testemunhando grandes histórias de amor, dor, união e separação, nascimentos e términos súbitos de vidas. As janelas de Taly eternizaram esse marco na história da humanidade moderna.
Taly criou grandes tramas com fitas de seda, cetim, gorgurão e renda, tecidos que revelavam a fragilidade e delicadeza da condição humana. As tramas foram feitas sobre chassis e janelas de madeira, resgatadas de depósitos de demolição, trazendo de volta memórias afetivas e ressignificando objetos antes descartados.
Para ela, a janela é um convite à expansão da consciência, uma possibilidade de descobrir o novo, de deixar a criatividade fluir. É uma oportunidade que a vida oferece, um símbolo de liberdade ou fuga, uma chance de alcançar novas ideias e experiências.
Obra de Taly Cohen – Foto: Divulgação
Taly abriu a janela e viu um mundo de possibilidades e a janela mostrou a artista que, na verdade, estava tudo dentro de sua própria alma.