Felipe Hintze tem um ano intenso e recheado de projetos pela frente. Atuando em três frentes, o ator natural de Campinas emprestará seu talento para dar vida a personagens na televisão, no cinema e no teatro.
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Ao RG, o artista como se sente feliz e progredindo por ter a oportunidade de viver personagens distintos em variadas plataformas. “A minha vocação é atuar, independente do veículo. Acredito que a essência é a mesma, temos que nos ajustar de acordo com o veículo, como impostação de voz”, diz.
Para ele, é preciso se atualizar sem parar e seguir com uma boa auto-crítica para se manter e fazer um bom trabalho como ator: “O ator está em constante formação, o tempo todo preciso se atualizar […] Quanto mais um ator se conhecer, mais ele estará preparado para conhecer um personagem”.
Sem medo de dar e expressar sua opinião fortemente, o jovem artista de 28 anos tem consciência do momento atual que o País vive sob comando de Jair Bolsonaro (sem partido).
“É um desgoverno. Extinção do Ministério da Cultura, acusações de censura, desmonte da Ancine, pronunciamentos nazistas. Continuar fazendo arte em um governo desses é um ato de resistência”, afirma e completa: “Minha esperança para o Brasil é o fim do governo Bolsonaro”.
Leia a seguir a entrevista na íntegra com o ator Felipe Hintze.
RG – Você prepara um ano de 2022 recheado de novidades em diferentes plataformas. Sempre atuando, claro. Qual sua expectativa geral para este ano?
Felipe Hintze – A expectativa é continuar fazendo trabalhos que geram identificação com os meus ideais. Abordar temas que eu acredito e defendo. Torço muito para que esse ano acabe essa pandemia e que seja o último ano do governo do Bolsonaro.
RG – Nós também! Além de atuar, você já fez ou tem interesse de fazer projetos em que você assina como produtor, diretor ou algo do gênero?
Felipe Hintze – Acho que esses são alguns projetos para o futuro. Tenho vontade de explorar essas facetas, mas ainda tenho muito que aprofundar no meu trabalho como ator.
RG – Atuar em diferentes lugares, como teatro, cinema e televisão, é um desafio para você enquanto artista?
Felipe Hintze – A minha vocação é atuar, independente do veículo. Acredito que a essência é a mesma, temos que nos ajustar de acordo com o veículo, como impostação de voz, trabalhos corporais. Esse ano, começo entrando na novela “Quanto Mais Vida, Melhor“, trama das 19 horas, filmando “Consequências Paralelas” e iniciando os ensaios da peça “Névoa“.
RG – Como tenta evoluir seu trabalho como ator a cada trabalho que faz?
Felipe Hintze – Muito estudo. O ator está em constante formação, o tempo todo preciso se atualizar, estudar, faço cursos, preparação para todos os trabalhos. Também aprofundo no autoconhecimento, quanto mais um ator se conhecer, mais ele estará preparado para conhecer um personagem.
RG – Olhando em retrospecto, como foi sair de Campinas em busca de seus sonhos artísticos?
Felipe Hintze – Tive que romper as barreiras territoriais do interior pra buscar oportunidades. Se eu tivesse um mercado aquecido em Campinas, ficaria lá certamente. Eu amo a cidade onde nasci e adoro a tranquilidade de uma cidade do interior.
RG – Depois de tantos anos de carreira e tantos trabalhos, o que te dá frio na barriga?
Felipe Hintze – Tudo me dá frio na barriga. Ainda vejo que tenho um caminho enorme para percorrer e muita coisa para conquistar. Ainda me vejo iniciando uma carreira, embora eu saiba que já tive muitas experiências artísticas.
RG – E o que ainda quer fazer que não fez?
Felipe Hintze – Tanta coisa! Desde protagonizar uma novela até fazer um grande vilão. Quero fazer teatro viajando pra lugares onde não se tem teatro. Minha lista é grande.
RG – Voltando a falar de Governo Bolsonaro, por ser uma pessoa que vive e consome cultura e arte o tempo todo, como avalia o comando neste quesito?
Felipe Hintze – Um desastre. É um desgoverno. Extinção do Ministério da Cultura, acusações de censura, desmonte da Ancine, pronunciamentos nazistas. Continuar fazendo arte em um governo desses é um ato de resistência.
RG – Qual sua principal esperança no Brasil?
Felipe Hintze – O fim do governo Bolsonaro.