Foto: Divulgação
Aos 21 anos, Sara Vidal faz sua estreia na tela da Rede Globo como uma das filhas do ator Vladimir Brichta na nova novela das 19h da emissora, “Quanto Mais Vida, Melhor!, de Mauro Wilson.
No Projac, no Rio de Janeiro, onde as gravações acontecem, Sara é constantemente chamada de “a nova Alinne Moraes”, devido sua semelhança física com a atriz. “Acho interessante, quem sabe um dia trabalhamos juntas. Ainda mais tendo esse ponto forte, que são os nossos traços semelhantes.’’
SIGA O RG NO INSTAGRAM
Natural de Cabo Frio, a libriana iniciou a carreira como modelo aos 16 anos, quando participou de um workshop que a levou para São Paulo, onde foi agenciada pela Mega Model. A carioca de 1,65 m teve que usar toda a sua determinação para conquistar seu espaço no mercado. “Ouvi muitos ‘nãos’ por causa da minha altura. Sou considerada baixa para trabalhos fashion e, ao contrário de outras meninas que têm que perder peso, eu tive que ganhar, pois sempre fui muito magra”, conta.
Apesar de parecer sempre estar nadando contra a maré, a modelo nunca desistiu dos seus objetivos, pelo contrário, buscou novos. Em 2017, Sara começou a estudar teatro e participou de conceituados cursos dos diretores Fernando Leal, Ana Paula Dias, Eduardo Milewicz e Ana Kfouri. No mesmo ano, ela fez uma breve participação na novela “Aventuras de Poliana”, onde deu vida à versão adolescente da personagem de Milena Toscano.
Sara, que têm três irmão, dois meninos e uma menininha, é filha de pai técnico de refrigeração e a mãe enfermeira. Na pandemia, a atriz viveu o temor de ver sua mãe atuando na linha de frente da Covid-19. “Minha mãe é a pessoa que mais me dá suporte em tudo que faço. Sem ela, eu não teria conseguido chegar aonde estou. Só de saber que ela estava frente a frente com um vírus letal, fico muito angustiada, mas agora só tenho a agradecer por ela estar bem e vacinada.’’
Foto: Divulgação
De origem humilde, Sara sempre buscou sua independência com muita garra e resiliência. Durante toda a sua carreira, ela escutou comentários negativos e desmotivadores. “Sempre ouvi que estava ali a passeio, que não iria conseguir. Para eles, eu era mais um ‘rostinho bonito’. É uma superação ver aonde cheguei até agora e aonde ainda posso chegar, provando, principalmente para mim mesma, que sou capaz.”
Leia papo que Sara teve com RG via Zoom.
Você começou sua carreira como modelo, como foi isso?
Aconteceu do nada, eu sempre tive um sonhos e tal, mas quando a gente vai para a realidade a gente vê que é tudo diferente, foi um choque de realidade.
Por quê?
Porque é bem difícil, né? Não é aquele glamour, aquela coisa de você chega e trabalha muito, é tudo aos poucos.
Levou muitos “nãos” por conta da altura?
Muitos, ainda mais eu que sou magrinha e tenho o tronco maior do que as pernas, então na roupa não fica tão legal, enfim, mas depois fluiu.
Como se interessou pela carreira de atriz, assim, como tudo começa?
Então, com 13 anos eu fui fazer um workshop de modelo, lá em Cabo Frio, e na sala onde eu estava ouvia uns barulhos e fui ver o que era, e era uma sala de teatro, eu me interessei e comecei a fazer. Cursei até os 15 anos e depois fui para São Paulo. Nisso, a minha agente perguntou se eu queria ser atriz, ao que eu respondi que sim, e ela então disse: “Vamos estudar”. Aí eu fui fazer cursos livres de interpretação, de cinema.
Como seus pais encararam a sua opção em ser atriz?
Eles me apoiam bastante, principalmente minha mãe, meu pai ficava mais temeroso, mas agora que ele viu que a coisa engrenou, ele está feliz e me apoia. Minha mãe, às vezes, acreditava até mais do que eu.
Foto: Divulgação
Quais foram seus principais papéis até hoje?
Teve “As Aventuras de Poliana”, em que eu fiz o flashback da protagonista, e, com certeza, essa novela, “Quanto Mais Vida, Melhor!”, é o meu trabalho mais importante.
Como surgiu o convite para “Quanto Mais Vida, Melhor!”?
Foi por meio de testes, passei por algumas etapas e acabei sendo aprovada. E foram muitas pessoas, fazendo teste em São Paulo e no Rio. Eu fiz em SP.
Como é contracenar com o Vladimir Brichta?
Ah, é demais, é legal, ele é um ator muito generoso, muito companheiro. Eu aprendo com todos eles, com o Vladimir, com o Caruso (Marcos), a Savala (Elizabeth).
Foto: Divulgação
Como se inspirou para a sua personagem, a Bianca, porque ela tem uma doença e tal?
Eu fui fazer laboratório, fui na real procurar ter contato com pessoas que sofrem do mesmo problema [cardíaco], não tive muito resultado, estava em plena pandemia. Então fui a um cardiologista ele foi me ajudando com as informações e fui criando a personagem. Eu até tentei hospitais, porque é muito diferente você ter contato direto com quem tem o problema, mas na pandemia foi realmente muito difícil, não dava para ir. Eu tirei muito de mim para colocar nela.
De que forma?
Ela é muito sensível, tem uma sensibilidade forte com o pai dela, e eu tenho com o meu também.
Quais são os próximos projetos?
Olha, tem algumas coisas em vista, mas nada muito certo ainda. A única coisa que eu sei é que vou continuar nessa carreira, estudando, e é isso, os projetos vão aparecer.
Como avalia a semelhança que dizem que você tem com a Alinne Moraes? Leva isso de boa?
Eu levo super numa boa, aliás, acho que temos alguns traços parecidos mesmo.
E qual sua relação com moda?
Eu gosto de roupa mais despojada. Eu sou super camaleoa, às vezes vou estar de blazer, às vezes com uma calça superlarga. Sou do tipo mais descolada.
Foto: Divulgação
E redes sociais, como você lida?
Eu acho que estou mais desligada por agora, mas Twitter eu entro bastante.
E o que você gosta de fazer no seu tempo livre?
Eu salto de paraquedas, gosto de saltar. Faz dois anos que comecei, mais ou menos. Mas gosto também de natação e de boxe.