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São Paulo é revelada com afeto, música e poesia em espetáculo com Regina Braga

Na semana de aniversário da cidade, Regina Braga estreia espetáculo dedicado a São Paulo – Foto: Roberto Setton/Teatro Unimed

Uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e encanta. Uma atriz que faz questão de compartilhar com todos sua crescente paixão por esse lugar por meio de histórias garimpadas ao longo de anos. E um grupo musical que traz a trilha sonoro de uma cidade única, contraditória, misteriosa e divertida. Assim é “São Paulo”, espetáculo teatral com a atriz Regina Braga que estreia no dia 28 de janeiro, no Teatro Unimed.

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O espetáculo estreia no dia do aniversário de São Paulo e promete celebrar a cidade. Embora estivesse previsto para estrear no dia 12 de março de 2020, a apresentação precisou ser desmarcada em decorrência da pandemia. Agora, o público finalmente poderá apreciar o show de forma presencial.

Desde que foi fundada, em 25 de janeiro de 1554, São Paulo passa por diversas transformações que impactam no País todo. E é essa cidade que ocupa o papel principal no espetáculo dirigido por Isabel Teixeira, que reúne histórias deliciosas como a do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar a pé, a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê e a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos que insistem em morar ali.

Regina Braga em “São Paulo” – Foto: Roberto Setton/Teatro Unimed

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro “A Capital da Solidão”, de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina.

São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos. Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, a fundação da Faculdade de Direito no Largo de São Francisco, o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros, o surgimento das periferias a partir dos anos 30, e o carnaval do jeito bem paulistano.

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Esse afeto e encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas – uma a uma, ano após ano – em um caderninho.

Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som. Cenário perfeito para a música produzida graças ao talento de Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros / Guilherme Girardi (voz e violão), que dividem o palco com Regina.

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