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Green Valley reabre com novo design após ser destruído por ciclone-bomba

Green Valley reaberto em dezembro – Foto: Adriel Douglas

Fechado por mais de 20 meses depois de ser atingido pela pandemia e por um ciclone-bomba que destruiu suas instalações, o Green Valley reabre suas portas em dezembro e se prepara para a temporada de verão. O projeto do novo clube é assinado pela empresa holandesa 250K, que já construiu palcos para festivais como o EDC, Awakenings e Rock in Rio, e oferece uma experiência única para o público. 

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Entre os dias 9, 10 e 11 de dezembro aconteceu o evento de reabertura do Green Valley, no qual participaram diversos artistas que doaram seus cachês para o projeto de reconstrução. Entre eles estavam Bhaskar, Mojjo, Chemical Surf, Bruno Be, Fancy Inc, Lost Frequencies, Cat Dealers e Ashiba, DJ responsável pela música “Together We Rise”, tema da campanha que arrecadou dinheiro para a reconstrução da casa. 

“Somos rodeados de diversos amigos que durante todo esse tempo alimentaram a certeza de que voltaríamos. E foi isso que me emocionou muito, a força das pessoas, dos artistas, agências e empresas que estiveram do nosso lado”, conta Eduardo Philipps, sócio/diretor do grupo Green Valley.

O conceito do novo design é Electric Forest – Foto: Adriel Douglas

Engenheiro civil de formação, Eduardo é apaixonado por entretenimento e diz que sua motivação é oferecer alegria para as pessoas. “A gente tem histórias muito boas daqui, pessoas que vieram comemorar casamento porque o clube foi importante para o relacionamento deles, uma menina surda que sentia a música pela vibração das caixas e disse ter sido o momento mais feliz da vida dela. Isso que eu acho que dá energia para a gente.”

Apesar de já ter sido eleito cinco vezes como melhor clube de música eletrônica do mundo pela DJ Mag, principal publicação do segmento, Eduardo conta que o mais importante para eles não são os títulos, mas as pessoas. “Por isso que eu falo que é o novo Green Valley, claro que ficar entre os melhores do mundo é muito bom, mas fico feliz mesmo em entregar algo muito especial para as pessoas que vem aqui”, ressalta. 

Memorial do Green Valley por Mai Bavoso – Foto: Adriel Douglas

Foi pensando nisso que a casa reabriu com um memorial para registrar sua história e homenagear todos que de alguma forma ajudaram o clube a voltar. Composto por duas partes, a homenagem conta com uma obra do artista plástico Mai Bavoso, que utilizou peças do clube devastados pelo ciclone, como concreto e lona, para construir a logo gigante em uma das paredes. E uma lista com mais de 11 mil nomes gravados para sempre em placas de metal no muro na entrada, com todos que ajudaram o clube a se reerguer de alguma forma. 

“O Bavoso veio aqui catar essas peças dos destroços para fazer essa obra de arte gigante, e ainda fez réplicas, 70 peças, para agradecer a todos os artistas que cederam seus cachês para nós, e para as pessoas que seguraram firme nessa caminhada, nesse desafio”, comenta Eduardo, que ressalta a importância de todas essas pessoas e esse movimento em prol do retorno do clube.

Agora o Green Valley se prepara para abrir oficialmente a temporada de verão. Com o próximo encontro marcado para 27 de dezembro, participarão os artistas Dubdogz, Bakermat, Ashiba e Carol Seubert. E a programação ainda se estende até 28 de fevereiro, no carnaval, com convidados nacionais e internacionais.

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