Top

“Figas, mãos ancestrais”: Roque Boa Morte estreia mostra individual em Salvador

Foto: Divulgação

A exposição intitulada “Figas, mãos ancestrais”, do artista visual Roque Boa Morte, abre suas portas no próximo domingo (26.12) no Espaço Cronópios, em Salvador. As obras mergulham no universo simbólico de um dos amuletos mais populares do ocidente em busca da atualização do seu significado em mãos afro-atlânticas.

SIGA O RG NO INSTAGRAM

São 11 obras de fotografias coloridas e uma em preto e branco inéditas, que retratam as figas humanas afrodescendentes adornadas com jóias/signos que contam itans e orikis identificadores de arquétipos das divindades africanas e seus filhos.

A curadora, Juci Reis, comenta a experiência: “Os gestos captados possibilitam uma observância para ir além da representação, insinuando a transposição de potências, a materialização do sentido ritual da figa. Cada imagem é uma mediação litúrgica, um lugar para sentir, então: sinta! Se permita sentir a imagem”.

O processo de produção das obras, que contou com pesquisa da tradição oral e fontes bibliográficas, documentado em audiovisual e registros escritos, contou com a colaboração de integrantes de duas grandes casas de Candomblé Ketu, uma do Recôncavo, Ilê Axé Ojú Onirê, em Santo Amaro da Purificação onde o fotógrafo nasceu; e outro de Salvador, Ilé Íyá Omi Áse Ìyámase (Gantois), onde o autor reside; sendo o produto destas incursões objeto de pretensas publicações futuras.

 

Sobre Roque Boa Morte

O fotografo negro Roque Boa Morte é advogado, consultor de conteúdo e diversidade, professor e mestrando em estudos étnicos e africanos do Pós-Afro UFBA, onde desenvolve pesquisa vinculada a FABESB das seguintes áreas: diáspora africana, etnografia e antropologia visual, arte e decolonialidade. Sua série de fotografias de cunho autoetnográfico sobre o Bembé do Mercado, ainda em curso, foram publicadas em veículos de comunicação de circulação nacional como a Revista Raça e o jornal O Globo, e internacional, no México, na ação editorial e artística “Meio Cura Festivalizar”, após ser selecionado pelo Flotar Programa e Harmonipan Editions.

Mais de Cultura