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Tânia Tomé lança romance ambientado em comunidade carioca

Tânia Tomé – Foto: divulgação

Escritora, poeta, empreendedora, economista, ativista, artista, coach, palestrante internacional. Essa é Tânia Tomé, homenageada em 2018 por Mipad, em Nova York, como uma das 100 pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo. Autora de “Succenergy”, que fala sobre seu método de capacitar pessoas, empreendedores e líderes, Tânia conquistou o mundo. Agora ela anuncia mais um livro, o romance “Melanina – uma sonhadora da favela do Quinto Grito”.

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Voltado para os públicos juvenil e adulto, o livro conta a história de Melanina em busca de seu lugar no mundo. Entre os vários preconceitos que sofria, ela procurava a inclusão onde não conseguia se encaixar. Por isso vivia no mundo da lua, sempre sonhando com o que não conseguia realizar.

“Ela é Melanina, a jovem que vive na favela do Rio de Janeiro. Ela queria ser da cor da lua, uma luz que brilha na escuridão. Ela nasceu assim diferente. E doía-lhe de todo corpo toda a diferença. Dói-lhe não ser o que ela poderia ser. Ela queria ser da cor do carvão. Ela tinha alma, pura e cristalina, e seus olhos gigantes esverdeados tinham no samba a esperança da imensidão de um mundo que pudesse ser diferente”, descreve Tânia.

Tânia Tomé – Foto: divulgação

No prefácio do livro, o jornalista e escritor Galeno Amorim, diretor-presidente da Fundação Observatório do Livro do Brasil e ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional, diz que “nada fala mais alto ou vai tocar mais profundamente o coração dos leitores desta nova obra da Tânia Tomé como sua defesa intransigente da nossa capacidade infinita de sonhar e de acreditar nas próprias forças, aqui encarnada na figura doce e potente de Mel”.

Já o posfácio tem autoria do jornalista Renan Souza, correspondente Internacional da CNN do Brasil, que destaca a importante mensagem que o livro de Tânia passa. “Mesmo vivendo em condições desafiadoras, em meio às balas perdidas em uma favela, sendo oprimida pelo racismo, sendo confrontada pelas injustiças sociais, Melanina nunca deixa de sonhar. Acredito que esta é a mentalidade que precisamos ter para criar uma nova geração de jovens que vão mudar o mundo”, afirma.

A autora escolheu o romance como meio de provocar uma reflexão sobre os grandes desafios das favelas e dos que sobrevivem e vivem na mira das balas perdidas e do racismo. Sua protagonista é para ser fonte de inspiração, uma sonhadora lutando por sua gente, sem nunca deixar de agir. Com o racismo estrutural presente na vida de Melanina, Tânia Tomé lembra que a luta tem de ser de todos.

“É urgente um lugar de fala com inclusão porque as lutas antirracistas são pertinentes na construção de um mundo onde se possam ter voz e representatividade. Essa luta não acaba nunca. Enquanto continuarmos a sonhar, devemos ter educação e ação como pilares de transformação social para construirmos líderes efetivos para criar verdadeiras mudanças estruturais”, destaca a autora.

 

 

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