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Janine Mathias lança o delicioso samba “Devoção”, ouça

Janine Mathias – Foto: Niceli Silva

Três anos depois de divulgar “Dendê”, seu primeiro disco solo, Janine Mathias apresenta “Devoção”, single que abre caminhos para o seu próximo trabalho.  A faixa, que promete agitar aquela boa roda de samba, tem letra assinada por Rodrigo Paulo, Léo FéNego Chandi. Interpretando essa canção, Janine reverencia a arte ao qual se entrega – em plena maternidade – em um exercício de celebração ao passado, presente e futuro.

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“Conheci esse som há 8 anos, gravei coro no disco do Nego Chandi e ele sempre me tocou de uma maneira muito especial, sobretudo por me lembrar a importância de não deixar de dialogar com a minha infância e adolescência, entende? O samba é minha herança. Herança dos nossos ancestrais. Tenho refletido muito sobre como realmente somos o sonho dos nossos avós e a continuidade dos nossos pais. A música também carrega essa alegria. Acredito que é preciso ir em frente sem esquecer o que me faz ser quem eu sou e é por isso que, agora, faço esse mergulho de volta”, destaca a artista.

Conectada com as suas tradições, mostrando que o samba é quem conta a história do Brasil, a cantora encontra forte influência em nomes como Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Leci Brandão, Zeca PagodinhoZé KetiFundo de Quintal, Elza Soares, Arlindo Cruz, Nilze CarvalhoMiltinho, Clementina de Jesus, Riachão e Fabiana Cozza.

Nos arranjos das bases de “Devoção”, dois músicos de destaque na cena musical brasileira assinando como coarranjadores:  Thomas Harres (bateria, MPC) e Zé Nigro (baixo), Thiago França (flauta e sax tenor) e Pablo Carvalho (congas) também estão envolvidos na obra. Para o coro, os vocais de Pamelloza, Val Andrade, Tito Amorin e Bruna Lucchesi.

“Janine e eu já vínhamos numa paquera há uns bons anos. Quem me apresentou o trabalho dela foi DJ Marco, músico e DJ que me acompanhou na tour do meu primeiro disco. Ele achou que tínhamos muito em comum e que deveríamos fazer algo juntos um dia. Fomos maturando a ideia até que ela me convidou pra produzir um álbum, o que eu atendi prontamente, pois ali já a admirava muito como artista. Agora, perto de mostrar esse projeto, estamos divulgando este que é um samba metaliguístico, desses que tem como assunto o próprio samba. Uma espécie de exaltação ao gênero, onde escolhemos, junto aos instrumentos habituais, inserir uma sonoridade de baixo, batera e guitarra, mais ligada ao soul e ao hip hop. Temos também o sax que traz um acento jazzístico que se fundiu bem aos timbres e escolhas estéticas da faixa”, comenta Rodrigo Campos.

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