Gabriela Di Grecco – Foto: Divulgação
Diogo Rufino Machado
A atriz Gabriella Di Grecco divide a atuação com preocupação com o meio ambiente. Com pequenas atitudes ela tenta melhorar o meio que a circunda e, com isso, o planeta também. Ela é do tipo de pessoa que faz, não apenas fala, e dá dicas de como é possível colaborar com nosso ecossistema com pequenas atitudes. “É sempre possível fazer algo pelo meio ambiente. É muito importante que as pessoas saibam disso. Às vezes a gente tem uma ideia de que se precisa ser um ambientalista para fazer algo pelo meio ambiente, e não precisa ser necessariamente assim”, diz.
Do elenco da série “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu!”, de Miguel Falabella, ela agora aposta em novas ações e se prepara para dirigir seu primeiro trabalho. Sim, Gabriella vai atuar como diretora em um trabalho não criado por ela e que ainda mantém em segredo. Vale a pena esperar.
A atriz está também muito feliz com as mudanças pelas quais sua vida vem passando, e por ter tido sempre relação com a Disney, uma empresa que acolhe muito bem seu elenco e possui valores, como diz.
Leia a seguir entrevista com a atriz feita apor RG.
Conte um pouquinho para gente quem é a Gabriella fora de atuação?
Essa é uma pergunta muito boa. E não sei responder muito ao certo. A arte e a criação estão na minha vida 24 horas por dia. Não que eu esteja todo o tempo criando e fazendo arte, mas busco olhar para a vida, as pessoas, as ocorrências com um olhar curioso, isento, disponível. Isso, para mim, é viver de forma artística e tem me ajudado a viver de forma mais leve e feliz, como uma criança mesmo. Se observamos os pequenos, eles são artistas porque têm essa visão curiosa, sem julgamentos e disposta a aprender e a se surpreender o tempo todo.
A atuação foi a primeira forma que encontrei de expressar essa vivência da arte que eu sinto em mim, mas enquanto eu não expresso isso no set, busco expressar e viver isso de outras formas, como cantando, dançando, dirigindo, escrevendo, compondo… e, claro, me relacionando com as pessoas. Essa é a arte mais valiosa.
Como você começou a atuar? Foi fácil?
Foi fácil, mas foi confuso. Eu sempre soube que queria estar performando e sempre senti que isso iria acontecer no momento certo, que foi aos 21 anos. Antes disso, eu me interessava por atuar, mas preferi viver outras coisas antes. Minha infância e adolescência foram bastante ocupadas com aulas de diversos tipos: balé, jazz, sapateado, kung fu, vôlei, handebol, basquete, hipismo, inglês, ciências ambientais. Também trabalhei com marketing e publicidade nesse período. Meu pai ficava muito confuso com isso e pensava “Se ela quer ser atriz por que ela não faz aulas de teatro?”. Mas, no fundo, sentia que ainda não era o momento de olhar para isso. Ter seguido essa intuição foi a melhor coisa que eu fiz. Esses anos todos fazendo várias atividades – incluindo concluir a faculdade de publicidade e propaganda -, na verdade, me prepararam muito. Me deram muito repertório, estofo, que hoje são grandes diferenciais.
Quando eu tomei a decisão, eu estava tão focada em viver plenamente essa carreira que muitas coisas que as pessoas tomam como dificuldade, eu acabei não sentindo. Quando você está com a sua mente focada em fazer acontecer e encontrar soluções, as coisas acabam não tendo esse peso. E isso eu levo pra todas as outras áreas que estou investindo agora – música, educação, direção etc.
Gabriela Di Grecco – Foto: Divulgação
Você é tecnóloga em ciências ambientais, o que tem feito pelo meio ambiente no Brasil?
É sempre possível fazer algo pelo meio ambiente. É muito importante que as pessoas saibam disso. Às vezes a gente tem uma ideia de que se precisa ser um ambientalista para fazer algo pelo meio ambiente, e não precisa ser necessariamente assim. É importante que as pessoas entendam que, quando falamos de meio ambiente e ecossistema, não estamos falando do bichinho que está lá na floresta, das coisas que acontecem lá na Amazônia etc. Todos nós somos parte do ecossistema. Cuidar disso significa cuidar da fauna, da flora, da comida que chega na nossa mesa, da água que a gente vai tomar, até daquelas duas horas de engarrafamento causado porque as ruas estão alagadas. Nesse sentido, é igualmente importante que todos nós assumamos essa responsabilidade e a nossa importância nesse processo. Se todos somos o meio ambiente, essa é uma postura que deveria ser de todos, e é super possível assumir essa responsabilidade adotando medidas bem simples.
Uma coisa muito fácil que todos podem fazer é escolher uma prática e aplicá-la no seu dia a dia de forma realista, que se possa fazer com frequência e constância. Normalmente, as práticas mais fáceis estão relacionadas ao consumo. Por exemplo, reduzir o consumo de água no banho, na louça, ao limpar calçadas… Pensar duas vezes antes de comprar roupas – sobretudo as de fast fashion. Se você é fumante, criar o hábito de jogar a bituca de cigarro no lixo em vez de jogar na rua ajuda muitíssimo, além de direcionar o cigarro para o descarte correto, ajuda muito preservar o escoamento de água nos espaços públicos. Quando o assunto é alimentação, reduzir o consumo de carne também ajuda muito na questão ambiental. Buscar consumir produtos de pequenos produtores e produtores locais também é uma forma interessante de ajudar o meio ambiente. Repensar o consumo da comida – nós deixamos em média ¼ da nossa comida no prato-, se é possível levar para viagem para redistribui-la para ONGs que encaminham essa comida para um consumo adequado de pessoas que estejam precisando. Enfim, existem diversas formas de incluir pequenas práticas que em larga escala e no longo prazo ajudam muito.
A Disney tem uma grande relevância na sua carreira, pode nos falar um pouquinho sobre isso?
É maravilhoso estar na companhia. Atualmente estou realizando meu terceiro trabalho na casa, e o que eu posso dizer é que eu fico cada vez mais feliz de ser parte disso. A casa tem visão, missão e valores com os quais eu compactuo e me identifico muito: o sonho, a alegria, um mundo melhor são possíveis. É demais estar com pessoas que compartilham desses mesmos valores. Quando assistia aos filmes da Disney, era possível sentir isso. Estando na companhia consigo ver que isso é real mesmo. Me lembro de quando fui convocada para ir a Buenos Aires para gravar Bia, eles nos trataram com muito carinho e respeito, nos prepararam com muito cuidado para o que estava por vir: a indústria do entretenimento. Esse ritmo industrial você só entende o que é stando em contato no dia a dia. Tenho sorte desse contato ter acontecido em um produto Disney, porque fomos muito amparados e guiados adequadamente. É uma grande companhia a qual tenho muita alegria e orgulho de fazer parte. Está crescendo, se modernizando a cada dia e vai trazer muitas novidades agora no mundo do streaming. Vocês não perdem por esperar!
Conte para a gente como está sendo esse seu papel em “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu!”.
Eu estou simplesmente apaixonada pela Nora. Ela é uma personagem que me permitiu trabalhar muito a minha criatividade. É uma personagem que convida para isso, inclusive. O Miguel Falabella escreveu uma personagem que transmite o glamour das divas dos anos 50, mas que tem deboche, tem inteligência, sagacidade, um humor muito peculiar, entre outras qualidades – não quero dar spoilers, haha!. É um deleite dar vida a Nora! O texto é muito bem escrito. Além disso, o Miguel dá muito espaço para que o ator possa criar e dar sabor para a personagem. Me lembro do seu olhar atento e feliz ao ver o que entregamos no set. Nessa série, também tive a oportunidade de contracenar com ele. É uma masterclass vê-lo presente no set como diretor, roteirista, showrunner e ainda por cima ator. A Nora me chamou para me divertir e entregar o inesperado nessa série que está linda de viver. O “Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” é uma série muito acima da média. Aguardem que algo maravilhoso está chegando!
Gabriela Di Grecco – Foto: Divulgação
Tem algo que a Gabriella não tenha revelado para ninguém, mas queira nos contar. Algum projeto novo, por exemplo?
Atualmente estou em Cuiabá para realizar meu primeiro trabalho como diretora. É a primeira vez que sou convidada a dirigir um projeto que não tenha sido os meus autorais. Muito em breve vocês vão poder saber mais.