Ator Nando Rodrigues – Foto: Divulgação
Por Diogo Rufino Machado (@dioguets)
Nando Rodrigues, nascido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, fez sua estreia nas produções de comédia nacional na nona temporada da série “Vai Que Cola“, do canal por assinatura Multishow. Ao RG, o ator de 36 anos revela que foi muito desafiador atuar como comediante, mas tem sido recompensador. “Foi um grande desafio fazer comédia, não imaginava que fosse tão preciso. Temos a ideia de que tudo é feito a ‘grosso modo’, mas não é”, conta, relatando a admiração que construiu do elenco. “Estar ao lado de um elenco tão estrelado como aquele é sem dúvidas um grande privilégio.”
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Além da produção nacional, Rodrigues – que sempre foi engajado nas causas ambientais – trouxe ao Brasil um festival voltado para a sustentabilidade: o GAIAKAŌ, que é uma versão de Global Clímax Warm. Seu novo projeto busca trazer uma nova mentalidade e um novo olhar para futuras gerações: “Oferecer uma experiência de transformação que seja capaz de inspirar as novas gerações a entenderem seu papel fundamental como agentes de mudança no mundo”.
Ator Nando Rodrigues – Foto: Divulgação
Leia íntegra da entrevista de Nando Rodrigues em que ele fala sobre carreira, amizade com Paulo Gustavo e muito mais.
RG – Para quem não te conhece, conta um pouco quem é você e como foi sua carreira como ator?
Nando Rodrigues – Sou natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e me mudei para o Rio de Janeiro aos 17 anos para investir mais na carreira de ator. No Rio, fiz vários cursos e me formei na Casa de Artes de Laranjeiras (CAL). Meu primeiro trabalho na TV foi em 2009, na novela “Vende-se um Véu de Noiva”, do SBT. No ano seguinte, participei de “Viver a Vida”, na TV Globo, onde fiz muitos trabalhos até 2019. O Virgílio, de “Em Família”, que fiz em 2014, foi um marco na minha carreira e foi a partir dessa novela que mais convites começaram a acontecer. Receber o prêmio de ator revelação pela composição do personagem foi especial e guardo esse momento com muito carinho. Outra experiência marcante foi meu primeiro longa internacional, a produção francesa “Going to Brazil”, de 2017. Existia o desafio do idioma, que enfrentei desde o primeiro momento, durante os testes, mas passada a tensão inicial, foi uma grande experiência. Antes do “Vai que Cola”, em “Gênesis”, na Record, fiz o Radamés, um sacerdote do Faraó do Egito, que vinha de uma linhagem ancestral de sacerdotes que existiram realmente. Fazer um personagem com vilania, mas ao mesmo tempo achar nuances para ter compaixão, foi muito engrandecedor. .
RG – Atualmente, você está contracenando na nona temporada do seriado nacional de comédia, “Vai que Cola”, sua primeira experiência na comédia. Como tem sido isso?
Nando Rodrigues – No início, quando fui chamado para o teste, fiquei um pouco assustado, pois nunca tinha feito comédia. Mas avancei nos testes e acabei sendo o escolhido. Foi um grande desafio fazer comédia, não imaginava que fosse tão preciso. Temos a ideia de que tudo é feito a “grosso modo”, mas não é. Estar ao lado de um elenco tão estrelado como aquele é sem dúvidas um grande privilégio. Como não tive muito tempo para preparar o Kevinho, foi fundamental contracenar com um elenco entrosado e experiente. Foi uma primeira experiência memorável, e de muito aprendizado. Passado os primeiros dias de gravação, nunca tinha me sentido tão leve em cena.
Ator Nando Rodrigues – Foto: Divulgação
RG – A sua ligação com o Paulo Gustavo foi muito forte. Pode nos revelar um pouco dessa amizade?
Nando Rodrigues – Minha amizade com o Paulo começou em 2004 na CAL, fomos contemporâneos no curso de dramaturgia e estive presente em praticamente todas as estreias dele. De lá pra cá, minha admiração e respeito só aumentaram com tempo. Era brilhante e generoso com todos que o cercavam! Foi um privilégio ter participado de um pouco da história desse grande artista brasileiro.
RG – Tivemos a notícia em primeira mão que você está trazendo um festival para o Brasil, o “GAIAKAŌ”. Já queremos saber tudo sobre ele. Conta um pouco para gente desse seu novo projeto.
Nando Rodrigues – A ideia de produzir um festival onde o foco é a sustentabilidade nasceu do desejo de fazer a diferença no nosso planeta. Oferecer uma experiência de transformação que seja capaz de inspirar as novas gerações a entenderem seu papel fundamental como agentes de mudança no mundo. Formando uma tribo unida e consciente que pense no bem coletivo antes do individual! Vai acontecer em Florianópolis, na semana do meio ambiente em 2022.
Ator Nando Rodrigues – Foto: Divulgação
RG – Você é natural de Campo Grande e terras pantaneiras, um dos lugares que mais tem sofrido com questões ambientais. Como você tem lidado com essas questões que permeiam seu local de origem?
Nando Rodrigues – Além de ser filho dessa terra e ser um apaixonado pela natureza, sempre estive ligado às questões ambientais. Minha família mexe com ecoturismo no Pantanal há mais de 30 anos. Esse cuidado já veio praticamente de berço. Embora as queimadas façam parte e aconteçam com frequência, nos últimos anos, elas se intensificaram pela ação e ganância dos grandes produtores que querem a todo custo expandir as suas lavouras e pastos de criação de gado. É preciso urgentemente frear esse desmatamento e olhar com atenção para essa situação que vem crescendo ano após ano.
RG – Tem algum projeto novo e interessante dentro da teledramaturgia surgindo por aí. Pode nos contar?
Nando Rodrigues – Com relação a novos projetos, essa é uma grande incógnita para nós, atores. Nunca sabemos ao certo o que vem pela frente. Estou me preparando para minha primeira aventura na direção, escrevi um roteiro durante a quarentena e estou às vésperas de rodar. No mais, foco total no festival GAIAKAŌ, que será a nossa versão brasileira da Clímax Global Warm, um dos maiores eventos do mundo ligado a área de sustentabilidade.
Ator Nando Rodrigues – Foto: Divulgação