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MAM apresenta exposição de Jacques Douchez e Norberto Nicola

Foto 1: Arlequim, de Norberto Nicola – João Musa; Foto 2: Estruturas (Santorino), de Jacques Douchez – Renato Parada

A tridimensionalidade une novamente o artista francês Jacques Douchez o brasileiro e Norberto Nicola em Os pássaros de fogo levantarão voo novamente. As formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola”, em cartaz a partir do dia 16 de dezembro no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Estreando oficialmente como curador, Assume Vivid Astro Focus (Avaf) propõe uma reaproximação póstuma entre os artistas enquanto lança luz sobre importantes sucessores do movimento modernista.
A partir de um conjunto de 26 obras em tapeçaria, 13 de cada artista, é possível um resgate dos laços profissionais e afetivos entre Douchez e Nicola, amigos que tiveram um ateliê juntos entre 1959 e 1980, mas não expuseram mais em conjunto após desfazerem a sociedade. Uma das propostas da mostra é traduzir essa conexão ao criar uma união emocional e física dos trabalhos de ambos.

Reflexos, Norberto Nicola – João Musa

O aspecto tridimensional, caraterística marcante nas criações, entendidas pelos próprios artistas como “formas tecidas”, é refletido também na expografia, co-assinada pelo arquiteto Eduardo Chalabi e Assume Vivid Astro Focus. As tapeçarias suspensas no teto e as paredes recobertas de espelhos reforçam esse jogo de dimensões. “Neste espaço átmico, se busca contar uma história, sem tratar de ser histórica ou retrospectiva, dedicada a obras tecidas por eles”, declara o curador. Para além disso, ele afirma que a expografia foi pensada de forma que os artistas fossem recontextualizados em um ambiente da arte contemporânea.
Em Os pássaros de fogo levantarão voo novamente. As formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola”, o MAM amplia as reflexões em relação ao movimento modernista e evidencia, dessa vez, os artistas que vieram depois dele. “Dando continuidade às reflexões que promoveu ao longo do ano de 2021 sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922, o MAM desdobra sua programação agora discutindo artistas das gerações seguintes que tiveram atuações significativas. O espaço concebido para a mostra traz espelhos e cores que rompem com o tradicional cubo branco e reinventam o ambiente expositivo”, comenta Cauê Alves, curador da instituição.

Volume e Trama Aparente, Norberto Nicola – Romulo Fialdini

“A mostra sobre as formas tecidas de Jacques Douchez e Norberto Nicola, além de dar visibilidade a artistas tão relevantes que sucederam aos primeiros artistas modernistas, valoriza a arte da tapeçaria, até há pouco vista como menor em relação à pintura e à escultura”, endossa Elizabeth Machado, presidente do MAM.

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