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Pinacoteca inaugura exposição sobre ficção científica com obras de Alvim Corrêa

Ilustração de Alvim Corrêa para o livro “A Guerra dos Mundos” – Foto: divulgação/Pinacoteca

Invasões alienígenas, guerras e seres medonhos são alguns dos temas explorados pela mostra “Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e dez artistas contemporâneos”, da Pinacoteca de São Paulo. A exposição mostra o momento de ápice na trajetória de Corrêa, quando ilustrou a famosa edição francesa do livro “A Guerra dos Mundos”, de Herbert George Wells, em 1906, que narra uma invasão marciana. A abertura da mostra acontece no dia 4 de dezembro.

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Não se sabe ao certo como o artista brasileiro teve contato com a obra de Wells, mas segundo o próprio autor, Corrêa ficou fascinado pela história e produziu uma série de ilustrações que levou até a Inglaterra a fim de mostrar a ele. A iniciativa deu tão certo que resultou em uma edição de 500 exemplares, com 32 ilustrações em papel couché amarelo e 42 publicadas como gravuras destacáveis no livro.

Na mostra, o visitante poderá conferir um exemplar dessa publicação em francês, edições brasileiras recentes, de 2016 e 2017, além de uma projeção das gravuras que explicita o seu caráter precursor de um imaginário cinematográfico.

A seleção dos trabalhos propõe um paralelo entre as visões fantásticas de Corrêa e o imaginário da arte contemporânea, explorando a ficção científica enquanto amplia a discussão sobre os aspectos que atravessam a história, como colonialismo, guerra, violência, preconceito, medo e desejo.

Resultado de uma parceria entre a Pinacoteca e a Netwerk Aalst, da Bélgica, a mostra tem curadoria de Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens. Ao todo são 43 obras que evidenciam a complexa relação entre humanidade, novas tecnologias e natureza.

Os visitantes também poderão ver o trabalho de dez artistas contemporâneos, que dialogam com os desenhos, pinturas e ilustrações de Corrêa. Enquanto as obras do ilustrador refletem sobre as lutas, os medos e o desejo no campo ficcional, as obras contemporâneas também exploram questões que estão no pano de fundo da história de Wells por meio de diferentes abordagens da ficção, da fantasia e da imaginação.

Sartuzi, Neuenschwander e Lagomarsino, por exemplo, apresentam em seus trabalhos figuras incomuns com o objetivo de explorar o sentimento humano de repulsa e atração pelo diferente, além da violência, medo e preconceito. Cabelo, por sua vez, apresenta desenhos e um neon onde trabalha narrativas e imagens de seres fantásticos que povoam a sua imaginação. Além de um série de outros trabalhos.

“Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e dez artistas contemporâneos” será inaugurada no dia 4 de dezembro e fica até 11 de abril. Ingressos com horário marcado e vendas pelo site da Pinacoteca.

 

 

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