Nosso trabalho, nossa vida, 2020 – Elisclésio Makuxi
Com curadoria de Jaider Esbell, artista macuxi falecido no dia 2 de novembro de 2021, a exposição “Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea” vai até o dia 28 deste mês, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. No dia do encerramento, o grupo Xondaro Kuery Kaguy Ijá, formado por guerreiros do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá, localizada em São Paulo, realiza duas apresentações abertas ao público, às 11h e às 14h30.
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A performance compreende o ritual nhande rekó (modo de vida e cultura). O Xondaro é um jeroky (dança) também realizado fora da Opy (casa de reza), uma técnica corporal embalada em um ritmo em que se ensina a defesa e o fortalecimento do corpo e do espírito do xondaro (guerreiro) que dança ao som do Mbaraká (violão), do rave’i (rabeca) e do angu apu (tambor).
Tartaruga, série Yãmiy/homem-espírito, 2009 – Sueli Maxakali
Organizados em círculo, evocando o formato do Sol, da Lua e da Terra, os xondaros seguem os comandos do yvyra’ija, com auxílio do popygua (instrumento Guarani) que orienta a roda dos guerreiros. O ritual é um treinamento que os antigos faziam para ter reflexos e resistência, uma dança para aprender a lutar, uma preparação para a guerra, para proteger o povo dos ataques dos juruá (homem branco) e também para viver harmoniosamente com a família natureza.
A mostra começou em agosto de 2021 e integra a rede de parcerias da 34ª Bienal e conta com assistência curatorial da antropóloga e programadora cultural Paula Berbert e consultoria do professor do departamento de antropologia da FFLCH/USP Pedro Cesarino.