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Paço das Artes recebe exposição “Máscaras: fetiches e fantasmagorias”

“Fusca”, de Adão Iturrusgarai Foto: Divulgação

O Paço das Artes – instituição que pertence à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, estreia em 27 de novembro a mostra “Máscaras: fetiches e fantasmagorias”. Com curadoria de Mirtes Marins de Oliveira, a exposição reúne pinturas, esculturas e instalações que estimulam a reflexão em torno de representações de corpos e objetos, personagens da história da arte, costumes e práticas da sociedade. A visitação será de terça a sábado das 11h às 19h, domingos e feriados das 12h às 18h, com entrada gratuita. O espaço segue os protocolos das autoridades sanitárias de controle à pandemia.

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A exposição coletiva conta com trabalhos dos artistas André Azevedo, Denilson Baniwa, Panmela Castro, Gustavo von Ha, Adão Iturrusgarai, Niobe Xandó, Leonilson, Giuseppe Capogrossi, Luisa Paraguai, Letícia Parente, Gretta Sarfaty, Antony Gormley, Martha Araújo, Efigênia Rolim, Gustavo Torrezan e Leonilson. Organizada a partir de eixos que se entrecruzam e se sobrepõem, as obras dialogam com símbolos e têm por objetivo desorganizar, desconstruir e questionar as representações e a finalidade de objetos do cotidiano. A mostra também apresenta os conceitos das máscaras, fetiches, fantasmagorias ao longo da história.

Entre os destaques está o curta-metragem autobiográfico “Penumbra”, de Panmela Castro.  A artista visual, ativista, grafiteira e performer registrou neste trabalho noites de solidão em seu ateliê durante a quarentena de 2020, apresentando o desdobramento de um grave problema social: o racismo.

Na performance “Pajé Onça” o artista visual e comunicador do Movimento Indígena Amazônico, Denilson Baniwa, revela a conexão do nosso universo com outros mundos (dos animais, das plantas e do invisível), guiado pelo pajé Maliri, membro mais forte e com maior conhecimento do povo Baniwa.

A pintora, artista multimídia com foco em fotografia e performance, Gretta Sarfaty apresenta a série de fotografias “Auto-Fotos I, II e III”. A artista busca questionar a representação do corpo como um lugar de transformação e passagem, além de abordar questões de certos regimes visuais.

Cartunista, humorista, escritor e artista visual, Adão Iturrusgarai, integra a exposição com a série “Fetiche (Carros)”. As pinturas exibem veículos e máquinas, emblemas de força, rapidez e empoderamento, que se fundem aos corpos e as características humanas.

Foto: Jose Moreau

Também merece destaque a instalação “Cast Iron” na qual Antony Gormley representa um triplo fascínio e ponto de inflexão sobre os corpos na história da arte ocidental, a conexão com meditações filosóficas sobre futuros planetários e o de sua inserção em circuito mundial. O mesmo se dá com o artista Leonilson, cuja obra afetiva e existencial, marcada pela tragédia geracional do HIV, materializa o desejo de transcendência do tempo mundano por meio de símbolos extraídos da iconografia católica.

Já o artista, pesquisador, educador, Gustavo Torrezan exibe a escultura “Bandeirante”. O trabalho associa dois momentos da história: as recentes manifestações patrióticas ocorridas desde o segundo mandato da primeira presidenta eleita, cujos manifestantes fazem uso da camiseta amarela da equipe de futebol, com o bandeirantismo, quando colonizadores faziam uso de cavalos para assolar os povos originários.

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