Espetáculo de dança afro, “Cosmogonia Africana” – Fotos: Divulgação
Depois de meses fechado, o Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro, reabre neste domingo (21.11) com uma apresentação em celebração ao Mês da Consciência Negra. O espetáculo “Cosmogonia Africana – A Visão de Mundo do Povo Iorubá”, do grupo Tambor de Cumba, terá apenas uma apresentação, com um trabalho cenográfico que representa a gestualidade dos ancestrais africanos e explica o papel e a importância dos elementos da natureza: fogo, ar, terra e água.
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“Cosmogonia Africana – A Visão de Mundo do Povo Iorubá” é um espetáculo de dança afro, que apresenta o mito da criação do mundo pelas perspectivas do povo iorubá, um dos maiores grupos étnico-linguísticos da África Ocidental, cujo território se expande pela Nigéria, Togo e República do Benin. Danças, tambores e cantos originários desse povo pretendem despertar o imaginário do público sobre o início do ciclo de criação e reprodução da humanidade, fazendo um paralelo com os orixás enquanto ancestrais iorubás divinizados.
Com duas horas de duração, a montagem pretende alcançar o público de forma democrática, com a finalidade de promover a conscientização a respeito do papel da cultura negra para a formação da identidade do povo brasileiro. Sete bailarinos compõem o elenco, entre eles, a professora Aninha Catão, que assina a coreografia e a direção geral e artística da obra. De acordo com o Grupo Tambor de Cumba, o trabalho de pesquisa desenvolvido por Marcelo Monteiro foi fundamental para a criação do “Cosmogonia Africana”, mesmo nome dado ao estudo.
O Teatro Cacilda Becker, espaço dedicado à linguagem da dança e administrado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), será reaberto e volta a receber o público presencialmente neste domingo, após o período de suspensão das atividades devido à crise sanitária.
O grupo artístico comemora o retorno aos palcos do Rio de Janeiro, no mês em que se celebra a consciência negra. “A retomada é uma forma de homenagear colegas artistas que tiveram suas vidas interrompidas pelo coronavírus e, também, seguir com a iniciativa de promover a cultura afro-brasileira, especialmente debatida em novembro.”