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Ator Vitor Rocha estreia peça em São Paulo que reflete pandemia: “Inquietudes e pensamentos destes tempos”

Ator e dramaturgo Vitor Rocha – Foto: Divulgação/Victor Miranda

O espetáculo “Bom Dia Sem Companhia” chega ao palco do Teatro Viradalata, em São Paulo, para curta temporada em outubro com sessões aos sábados e domingos.

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O musical foi criado pelo ator, escritor dramaturgo Vitor Rocha, de “Cargas D’Água – Um Musical de Bolso” e “O Mágico Di Ó – Um Clássico em Forma de Cordel”, e pelo compositor Elton Towersey, de “Se Essa Lua Fosse Minha”.

Com direção de Alonso Barros, o espetáculo conta a história de Vini e Lara, dois ex-apresentadores mirins que são convidados a reviver seu antigo programa em um especial que será gravado ao vivo 10 anos depois do fim da atração.

Em papo exclusivo ao RG, Vitor Rocha conta que o espetáculo nasceu de inquietudes que ele e seu parceiro de criação tiveram durante a pandemia do coronavírus, que mudou os rumos do mundo todo.

“Foram crises que o isolamento social fez virem à tona. Não podia ser diferente. Mas também foi uma escolha fazer algo mais atual e coloquial para tentar conversar com um outro público”, contou Rocha.

Ator e dramaturgo Vitor Rocha – Foto: Divulgação/Victor Miranda

Antes de estrear no teatro em São Paulo, a obra teve versão única que foi transmitida para o público conhecer e se familiarizar com o produto. Para Vitor, a ideia da câmera entrar como mais um personagem foi uma dificuldade a ser superada – artisticamente falando -, mas que o público logo sacou todas as nuancas trazidas por ela.

“Acredito que, no fim, criamos uma história que funciona muito bem para os dois formatos, só que cada um reserva ao público experiências completamente diferentes”, completou.

Abaixo, leia íntegra do breve papo que o ator e dramaturgo Vitor Rocha teve conosco.

RG – De onde veio a inspiração para escrever a peça?

Vitor Rocha – A maior parte dos temas levantados no espetáculo são temas que fazem parte do meu cotidiano, das minhas conversas com amigos e – claro – das minhas sessões de terapia. Então, apesar de grandes inspirações como a série “Fosse Verdon” e o documentário “Showbizz Kids”, posso com toda certeza dizer que a maior fonte foi olhar para mim mesmo quando estou só na minha companhia.

RG – Por qual motivo ela evidencia problemas atuais?

Vitor Rocha – Acho que é impossível separar qualquer obra do momento em que foi criada. Este musical nasceu de inquietudes e pensamentos que emergiram nestes tempos. Foram crises que o isolamento social fez virem à tona. Não podia ser diferente. Mas também foi uma escolha fazer algo mais atual e coloquial para tentar conversar com um outro público.

RG – Como foi fazer uma peça já pensada na versão cinematográfica?

Vitor Rocha – Foi um grande desafio criar e ensaiar um espetáculo sabendo que mais tarde essa nova personagem, a câmera, entraria em cena. Mas ao mesmo tempo, isso nos permitiu pensar em muitos detalhes que nos pegariam de surpresa se não tivéssemos decidido fazer essa loucura. Acredito que, no fim, criamos uma história que funciona muito bem para os dois formatos, só que cada um reserva ao público experiências completamente diferentes. Enquanto ator, unir o frio na barriga do teatro com a meticulosidade de um set de filmagem foi apaixonante e inesquecível.


 

“Bom Dia Sem Companhia”
Teatro Viradalata: Rua Apinajés, 1387 – Sumaré, São Paulo
Curta temporada: 02 a 24 de outubro
Aos sábados às 20h e domingos às 19h
Ingressos: R$ 30,00 (meia) a R$ 60,00 (inteira)
Vendas pelo site 

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