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Veja algumas galerias jovens em destaque na ArtRio 

“Epa Babá”, 2021, série “Yabás”, Talitha Rossi.
Cabelo artificial e tecidos diversos adornados com bordados de quartzo e pedrarias variadas – Foto: Divulgação

Soma Galeria 

A Soma atua como galeria de arte desde 2017 na cidade de Curitiba, consolidando-se no mercado da arte contemporânea com um time seleto de artistas de várias partes do Brasil, reconhecidos por sua atuação nacional e internacional, entre jovens e consagrados. Dirigida por Malu Meyer, a galeria é fruto de anos de experiência do selo Limited Edition Art, responsável pela concepção e execução de diversos eventos de arte contemporânea na cidade. 

Uma das obras destacadas para a ArtRio é da artista Talitha Rossi, uma escultura têxtil que representa Oxalá, com seu cajado-opaxorô, oferecendo canjica e arroz com mel, oferendas em forma de bordados de alta costura. Oxalá é um poderoso Orixá que simboliza a vida, o Sopro Divino, uma entidade divina andrógina que provoca o movimento que fecunda e energiza o Eterno. A artista recentemente desenvolveu uma série de esculturas têxteis inspiradas em sua pesquisa com Orixás femininas. 

Sem título, 2021, Maria Lynch, acrílica sobre tela – Foto: Divulgação

Galeria Aura 

Atuante no sistema da arte desde 2015, a Aura foi criada como uma plataforma online de mapeamento de artistas emergentes. Em 2017 fixou sede em São Paulo, passando então a atuar como uma galeria de arte em moldes tradicionais. Atualmente com sua identidade fortalecida se pauta por um trabalho de retroalimentação entre a atuação física e a digital. Prioriza, em seu eixo curatorial, a representação de artistas que têm em comum a aposta pela materialidade como etapa fundamental da pesquisa artística. Recentemente foi fundada a Bailune Biancheri como um desdobramento da galeria Aura, investindo em um programa curatorial que aponta para outras direções, como arte digital e NFT’s. A Galeria Aura selecionou obras de Maria Lynch para apresentar na ArtRio. Fascinada por temas como a inocência, fantasia, o lúdico e o fantástico, a artista manipula e transforma atributos humanos, arquitetônicos e imaginários na construção de pinturas e instalações. Como fragmentos do imaginário e de fantasias revisitadas, a artista cria metáforas para um mundo feito de muitos mundos, um lugar do entre, abrindo espaço para aberturas, multiplicidades e diferenças. 

“Metacircuito nº 2”, 2018, Paulo Nenflídio. Caixa antiga de gravador de rolo contendo circuito eletrônico, alto-falantes, amplificadores, cabos e sensor de presença – Foto: Divulgação

OMA 

Situada em São Bernardo do Campo, Região do Grande ABC Paulista e com 7 anos de atividade, a OMA Galeria sempre buscou se destacar e se consolidar como referência de arte e cultura na região. Focada em artistas que tenham uma produção coesa e com carreiras consolidadas, ou em processo de consolidação, e com a premência de pensar o espaço que vá além da comercialização de obras de arte e da representação de artistas. Neste sentido a galeria criou dois segmentos, a OMA Educação e OMA Cultural. Uma das obras que chama a atenção logo que encontramos o estande da OMA são as esculturas mecânicas e eletrônicas de Paulo Nenflídio. “Metacircuito” é um objeto que possui um display por onde passam frases em scroll. Ao escrever estas frases, o circuito produz sinais digitais em diversos pinos elétricos. Estes diversos sinais são amplificados e o resultado sonoro é uma composição polifônica de ruídos. Um sensor de presença aciona o som da obra quando alguém ou algo se move na frente do objeto. É uma obra metalinguística, pois as frases geradas pelo objeto explicam de que forma o seu som é gerado. 

Sem nome, 2021, Ana Cláudia Almeida – Foto: Divulgação

Quadra 

Fundada em 2017 pela galerista Marcela Setton, a Quadra é localizada no Leblon, Rio de Janeiro. A galeria trabalha com novos artistas, cujas produções propõem uma abertura ao experimental, no campo da cena artística brasileira contemporânea. Cada artista é cuidadosamente selecionado, nesse sentido. O parâmetro curatorial da Quadra prima por estabelecer colaboração e parceria com os artistas que representa, privilegiando acompanhamento crítico dos mesmos. A Quadra tem como objetivo divulgar a produção de seus artistas, promovendo e comercializando suas obras, por meio de parcerias com críticos e curadores convidados, em exposições, debates e conversas criando um cenário propício à reflexão sobre a arte brasileira recente. Esse diálogo visa, sobretudo, incentivar a formação de novas coleções. Na certeza de que a arte é transformadora e não deve ser inacessível, a missão da Quadra, portanto, é torná-la parte do cotidiano. A escolha da Quadra para a ArtRio foram obras de grande formato da artista Ana Cláudia Almeida. Sua investigação tem como base as linguagens da pintura e do desenho, tensionando elementos como tempo, ação e paisagem imbricados na construção de espaços para a subjetividade. Entende as superfícies como contadoras de histórias das suas próprias vidas e de recortes de tempo específicos. A partir das ideias de natureza, artificialidade e normatividade cria distintos desdobramentos visuais que compõem seus sistemas plásticos.

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