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Exposições inéditas para visitar em SP, Rio e Fortaleza

Foto: Divulgação

Setembro será um mês movimentado no circuito de artes visuais. A flexibilização orientada pelas autoridades de saúde, a retomada gradual das atividades presenciais e a chegada da 34ª Bienal de São Paulo impulsionam uma variedade de eventos e exposições, com temáticas que passam do clássico ao contemporâneo.

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Em São Paulo, o MAM abriu as exposições “Moderno onde? Moderno quando? A Semana de 22 como motivação e “Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea”, ambas integram a programação da rede da 34ª Bienal de S. Paulo.

“O Legado de Morandi” entra em cartaz a partir de 22 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. A obra do pintor italiano é marcada pela investigação profunda da cor e da luz ao retratar com as sutilezas de naturezas-mortas de garrafas e potes, pintadas com mínimas variações ao longo de década.

Com uma investigação profunda da cor e da luz permeando sutilezas, Giorgio Morandi se dedicou intensamente na pintura de naturezas-mortas, especialmente de um mesmo conjunto de garrafas vítreas. Seu estilo ficou marcado por uma obra que reflete sobre o tempo e as relações produzidas pelo olhar. Esse universo será representado em O artista também participa da 34ª Bienal de São Paulo, que poderá ser visitada gratuitamente no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, até 5 de dezembro de 2021.

Com curadoria da dupla Alberto Salvadori e Gianfranco Maraniello, a mostra reúne 57 obras reunindo pinturas, fotos, colagem e instalação. 34 trabalhos são de Giorgio Morandi (1890-1964) e 23 de artistas que tem uma correlação com o trabalho do pintor italiano. As obras vieram diretamente do Museo Morandi, localizado na cidade de Bolonha.

Nas unidades do Sesc, o público pode visitar uma variedade de exposições, desde o panorama da obra de Alfredo Jaar, emblemático artista chileno que ganha mostra inédita na unidade Pompeia, até a “3ª edição de Frestas – Trienal de Artes | O rio é uma serpente”, mostra coletiva que reúne no Sesc Sorocaba obras que refletem sobre as políticas e poéticas de exibição, e investigam quais estratégias de solidariedade são possíveis, bem como aquilo que dizem os corpos que, habitando estruturas de poder assimétricas, estão a criar um vasto mundo fora do mundo.

No Centro Cultural São Pauloa exposição “Relíquias - Vermelho Steam” faz uma homenagem ao artista Vermelho Steam, que faleceu neste ano por conta de complicações geradas pela Covid-19, e traz ao público suas últimas obras.

São Paulo tem, ainda, dois espaços recém-inaugurados para as artes visuais: a Galeria Arte132 com “Alturas”, de Alex Flemming; e “Estúdio 41”, que está em cartaz com “3 é 5”, projeto inédito voltado para fotografia que se desdobrou em exposição, curta-metragem e livro.

Assim como o MAM, no Rio de Janeiro, o CCBB-RJ celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 com “Brasilidade Pós-Modernismo”. Em Fortaleza, a Fundação Edson Queiroz apresenta “50 Duetos”mostra que vai do Barraco ao Contemporâneo e reúne 100 artistas organizados em duplas, pares dispostos lado a lado a partir de conexões diversas, desde paralelismo visuais, afinidades temáticas e eletivas, até mesmo suas oposições. O corpo de artistas traz nomes como Anita Malfatti, Almeida Júnior, Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Djanira da Motta, Di Cavalcanti, Fernando Botero, Tarsila do Amaral, dentre outros.

Veja programação completa:

Foto: DIvulgação

“Moderno onde? Moderno quando? A Semana de 22 como motivação – MAM”

A virada do século 19 para o 20 trouxe uma forte vontade de renovação em todo o Brasil. Os núcleos urbanos começavam vivamente a se alterar em regiões como Amazonas e Pará, o neoclassicismo e ecletismo emergia na arquitetura do Rio de Janeiro, a abertura de novas avenidas alterava a vida urbana e, em São Paulo, fábricas surgiam com a chegada de imigrantes europeus. Artistas e escritores de vários quadrantes do país também se atentavam às mudanças que ocorriam nas artes e cultura europeias. Esse cenário amplo e repleto de mudanças é apresentado em “Moderno onde? Moderno quandoA Semana de 22 como motivação, exposição com curadoria de Aracy A. Amaral Regina Teixeira de Barros, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A mostra tem patrocínio do Bradesco, do Credit Suisse e da KPMG.

Na mostra, estão obras de modernistas de diversos estados do país e amplia no tempo e no espaço o legado da Semana de 22, abrangendo tanto seus antecedentes, quanto seus desdobramentos. Entre os artistas estão Alfredo Volpi, Eliseu Visconti, Valério Vieira, Manoel Santiago, nas ilustrações de Alvim Corrêa, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Abigail de Andrade, Anita Malfatti, entre outros.

Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Telefone: (11) 5085-1300

Entrada gratuita, com contribuição sugerida. Agendamento prévio necessário.

Ingressos disponibilizados online em www.mam.org.br/ingresso.

Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea – MAM”

Com curadoria de Jaider Esbell, a mostra reúne pinturas, esculturas e obras em diversos suportes de povos indígenas como Yanomami, Pataxó e Guarani Mbya. A exposição é uma correalização entre MAM e Fundação Bienal de São Paulo.

Moquém designa a tecnologia milenar utilizada pelos povos indígenas para conservar os alimentos após a caça coletiva e facilitar seu transporte até as aldeias. O título da mostra também se refere à narrativa makuxi sobre a transformação do Moquém em uma mulher que, nos tempos antigos, subiu aos céus à procura de seu dono que a havia abandonado. Uma vez no céu, Surarî se transforma na constelação responsável por trazer a chuva, marcando o fim do mundo e o começo de um novo. A tecnologia de moquear é usada então para refletir sobre a troca e transformação de saberes que atravessam diferentes tempos e espaços- trânsitos que constituem os movimentos da arte indígena contemporânea.

Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3) Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30) Telefone: (11) 5085-1300.

Ingresso: Entrada gratuita, com contribuição sugerida. Agendamento prévio necessário.

Ingressos disponibilizados online www.mam.org.br/ingresso.

“O Legado de Morandi: – CCBB – SP

Com curadoria da dupla Alberto Salvadori e Gianfranco Maraniello, a mostra reúne 57 obras reunindo pinturas, fotos, colagem e instalação. 34 trabalhos são de Giorgio Morandi (1890-1964) e 23 de artistas que tem uma correlação com o trabalho do pintor italiano. As obras vieram diretamente do Museo Morandi, localizado na cidade de Bolonha.

O artista também participa da 34ª Bienal de São Paulo, que poderá ser visitada gratuitamente no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, de 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021. Esse é um reencontro de Morandi com o Brasil, pois o pintor recebeu o Prêmio de pintura na IV Bienal de São Paulo em 1957.

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo – SP.

(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô) (11) 3113-3651/3652 |

Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças.

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“Lamento das Imagens” – Alfredo Jaar – Sesc Pompeia

Um recorte da obra do emblemático artista chileno Alfredo Jaar, no Sesc Pompeia. Com curadoria de Moacir dos Anjos, a mostra Lamento das Imagens” reúne instalações, pôsteres e projeções de vídeos – em seleção que provém das quatro décadas de atividade de Jaar.

São trabalhos de grande escala física que apresentam a forma de Jaar pensar uma política das imagens no mundo contemporâneo, e revelam suas reflexões em torno das formas de controle social e de manutenção de desigualdades. As obras estarão dispostas na área de convivência do Sesc Pompeia. Até 5 de dezembro.

Agendamento de visitas: www.sescsp.org.br/exposicoes.

Classificação indicativa: Livre. Grátis

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.

Mostra coletiva “Brasilidade Pós-Modernismo” – CCBB Rio

Celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e lançar luz aos traços, reminiscências e conquistas que o movimento trouxe, no decorrer dos últimos 100 anos, às artes plásticas do Brasil e refletir, a partir da atualidade, sobre um processo de rever e reparar este contexto.Este é o objetivo de “Brasilidade Pós-Modernismo, mostra que que está no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com patrocínio do Banco do Brasil e realização por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e Governo Federal.

Com curadoria de Tereza de Arruda, a mostra chama atenção para as diversas características da arte contemporânea brasileira da atualidade cuja existência se deve, em parte, ao legado da ousadia artística cultural proposta pelo Modernismo. Nuances que o público poderá conferir nas obras dos 51 artistas de diversas gerações que compõem o corpo da exposição, entre os quais Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Ernesto Neto, Ge Viana, Jaider Esbell, Rosana Paulino e Tunga.

Endereço:R. Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro.

Funcionamento: quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados.

*É necessário realizar agendamento prévio no site  eventim.com.br.

“Encontros Ameríndios” – Sesc Vila Mariana

Encontros Ameríndios”, exposição em cartaz no Sesc Vila, traz um recorte da produção artística de povos indígenas das Américas. Compõem a mostra obras de artistas dos povos Guna (Comarca Kuna Yala, Panamá), Haida (Arquipélago de Haida Gwaii, Colúmbia Britânica, Canadá), Huni Kuin (Terra Indígena do Alto Rio Jordão, Acre, Brasil), Shipibo-Konibo (Comunidade de Cantagallo, Lima, Peru, e Alto Ucayali, Amazônia Peruana) e Tahltan (Telegraph Creek e Vancouver, Colúmbia Britânica, Canadá).

Com coordenação da Profa. Dra. Sylvia Cauiby Novaes (CEstA – Centro de Estudos Ameríndios da Universidade de São Paulo) e curadoria do Dr. Aristoteles Barcelos Neto (University of East Anglia, Reino Unido), a proposta é reunir trabalhos que dialogam entre si e permitem reflexões sobre ancestralidade e temas contemporâneos, centrando também nas culturas desses povos. Até 13 de fevereiro de 2022.

Endereço: Rua Pelotas, 141, São Paulo – SP.

Período expositivo: 

Horário de funcionamento: Terça a domingo, incluindo feriados.

Consulte os horários de agendamento disponíveis em  sescsp.org.br/ exposicoes.

Grátis.

“3ª edição de Frestas – Trienal de Artes | O rio é uma serpente” - Sesc Sorocaba

Trazer para a prática o debate sobre economias de acesso, refletir sobre as políticas e poéticas de exibição, investigar quais estratégias de solidariedade são possíveis, bem como aquilo que dizem os corpos que, habitando estruturas de poder assimétricas, estão a criar um vasto mundo fora do mundo. Essa é a proposta da “3ª edição de Frestas – Trienal de Artes”, cuja exposição, com curadoria do trio Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza, está em cartaz no Sesc Sorocaba. Essa edição de Frestas leva o título O rio é uma serpente e conta com assistência de curadoria de Camila Fontenele e coordenação educativa de Renata Sampaio.

A mostra reúne 53 artistas e coletivosde diferentes nacionalidades. São nomes do Brasil, da África do Sul, Bolívia, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Holanda, México, Peru, República Dominicana e Suíça, que residem em diferentes países e exibem obras nos mais diversos suportes, desde pinturas até instalações e performances. Até 30 de janeiro de 2022.

Local: Sesc Sorocaba.

Agendamento por meio do site  sescsp.org.br/frestas 

Gratuito.

Zona da Mata” – MAM e MAC-USP

Com curadoria conjunta assinada por Ana Magalhães e Marta Bogéa, do MAC, e por Cauê Alves, do MAM, a mostra adota o termo Zona da Mata como metáfora simbólica, não apenas no sentido da geografia física, lança luz às problemáticas latentes do Brasil atual e das relações entre cultura e natureza.

No MAC USP, a mostra será exibida em uma única montagem, com trabalhos de Brasil Arquitetura (Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci); Claudia Andujar; Fernando Limberger; Gabriela Albergaria; Gustavo Utrabo; Guto Lacaz; Jaime Lauriano; Julio Plaza; Leandro Lima, Gisela Motta e Claudia Andujar; Marcius Galan, Paulo Nazareth e Rodrigo Bueno. Já no MAM, Zona da Mata” será exibida em dois momentos, com montagens de artistas diferentes. Até 17 de outubro, a Sala de Vidro do MAM recebe obras de Marcius Galan, Guto Lacaz e Gustavo Utrabo; e de 23 de outubro a 6 de março de 2022, será apresentada, no mesmo espaço, trabalho do artista Rodrigo Bueno feito especialmente para o local.

Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3).

Horários: terça à domingo, das 12h às 18h.

Agendamento prévio: www.mam.org.br/ingresso.

“Campo Fraturado SOS”, instalação de Ana Maria Tavares – MAM

O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta, no Projeto Parede, a instalação “Campo Fraturado SOS”, da artista Ana Maria Tavares, obra inédita composta por imagens manipuladas digitalmente. Concebida especialmente para o Projeto Parede, a inspiração vem a partir da série Airshaft (para Piranesi), trabalho desenvolvido desde 2008 por Ana Maria Tavares, composto por imagens digitais, vídeo e videoinstalação, no qual a artista estabelece diálogo com a obra “Carceri d’Invenzione” (séc. XVIII), do arquiteto e gravurista italiano Giovanni Battista Piranesi.

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