Atravessada pelo cenário político e sanitário, a conversa entre a artista Linn da Quebrada, o psicólogo Lucas Veiga e a cantora Teresa Cristina é sintetizada em uma pergunta: “Nós estamos subvertendo a cultura?”. A resposta está, invariavelmente, relacionada ao equilíbrio da saúde mental e às dinâmicas sociais e distópicas nas redes. Fomentando diálogos urgentes como esse, o podcast do Festival CoMA, Laboratório de Mundo, chega ao seu quinto episódio nesta quinta-feira, 2 de setembro, em todas as plataformas de streaming.
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“Eu entendo cultura como aquilo que a gente cultiva e aquilo que a gente cultua e o Brasil é um país que cultua violências. É um país que tem dado certo no seu projeto, porque tem um projeto genocida da nossa população. É um país que cultiva a naturalização dessa violência”, explica Linn sobre um cenário que ainda é combinado com o agravante da pandemia. “Nós, brasileiros, estamos com uma tarefa de conseguir equilibrar nossa saúde mental”, comenta Teresa Cristina. Lucas Veiga, por sua vez, complementa: “Se tem uma coisa que os nossos ancestrais souberam fazer foi criar condições de fuga e isso nos constitui. É uma tecnologia ancestral que a gente pode recorrer, então acho que, como estamos longe do fim imediato da pandemia, a gente cria os nossos impossíveis”.
Entre muita música e resgates históricos, o trio busca entender como se desenvolvem práticas de liberdade em um contexto de opressão. “A gente não pode ser o que a gente quer, a gente tem que reagir ao que está cercando a gente”, reflete Teresa sobre a romantização de mulheres em situações de exaustão e múltiplas jornadas.
Após um mês desde a estreia do Laboratório de Mundo, Linn e seus convidados já debateram sobre diversidade e inclusão, descolonização do afeto, autocuidado e tempo e ancestralidade. Para as próximas três semanas, o podcast prepara conversas sobre consumo e meio ambiente, cocriação e as percepções do novo mundo de trabalho.