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Nova galeria A Gentil Carioca abre em São Paulo

Fachada da galeria A Gentil Carioca, em Higienópolis – Foto: Filipe Berndt

No ano em que completa 18 anos, A Gentil Carioca expande suas atividades para São Paulo e inaugura uma nova galeria em uma charmosa vila localizada na Travessa Dona Paula, 108, Higienópolis. O espaço, foi reformado pelos arquitetos Mario Moura e Victor Gurgel, do escritório Canoa Arquitetura, conta com direção artística de Ricardo Sardenberg e gestão de Ton Martins.

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Obra de Maria Nepomuceno – Foto: Divulgação

A nova casa permitirá uma ampliação de suas atividades na capital mais populosa do Brasil. Para celebrar o novo espaco, A Gentil Carioca inaugura “Bumbum Paticumbum Prugurundum”, a primeira mostra coletiva em São Paulo. A galeria chega na capital paulista com Aleta Valente, Ana Linnemann, Arjan Martins, Cabelo, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Laura Lima, Marcela Cantuária, Maria Laet, Maria Nepomuceno, Maxwell Alexandre, OPAVIVARÁ!, Renata Lucas, Rodrigo Torres e Vivian Caccuri.

Obra do artista Cabelo – Foto: Divulgação

“Batuco, logo existo”, a frase dita por Luiz Antonio Simas, historiador, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá, pode ser tão universal quanto a máxima do filósofo e matemático francês René Descartes “penso, logo existo”. “Bum-bum Paticumbum “rugurundum”, a exposição coletiva inaugural da Gentil em terras paulistanas, traz em sua narrativa o ethos da corporalidade e deseja oferecer um saber que não está na racionalidade do pensamento cartesiano tão definidor do ocidente, mas sim expresso numa língua de escritas outras, de tambores e ritmos. 

Parte interna da galeria A Gentil Carioca – Foto: Filipe Berndt

Os corpos de obras e dos espectadores visitam o espaço da galeria, reconfigurando as ortogonalidades usuais de exposição. Inspira-se nos encontros de batuque, nos blocos de Carnaval, nas rodas de gente na praça para grandes resoluções, o que determina um ritmo de outra fisicalidade ou lógica. As obras dispostas no espaço de exposição entram em uma rítmica temperança, distraem-se no espaço, sem um logo analítico, levadas na subjetividade do som do tambor que o título trás.

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