Luiz Moreira – Foto: Divulgação
O fotógrafo Luiz Moreira se encontrou na fotografia aos 23 anos, durante a faculdade de comunicação social na qual se formou. Nesse período, em seus projetos acadêmicos, o interesse pela fotografia se tornou uma paixão. Em conjunto com o artista visual Victor Hugo Mattos, Moreira cria uma série de collab com intervenção artística, se utilizando das peças de arte incorporada.
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Hoje, aos 31 anos, radicado em Miami, Moreira vem se destacando e ganhando espaço no circuito artístico por meio de sua linguagem fotográfica marcante e autêntica.
Em viagens pelas praias do nordeste brasileiro, nas mágicas cidades marroquinas e pelas ruas urbanas da cidade de Nova York, em 2015, Moreira teve suas primeiras trajetórias na fotografia de rua, onde despertou seu cunho autoral para seus projetos artísticos.
As séries autorais de Moreira são criadas para inspirar e refletir, trazendo o expectador para a narrativa do seu universo e suas fortes mensagens sobre temas raciais e relações sociais da sociedade.
Moreira é um dos integrantes do recém-lançado Bartho Art, que recebe curadoria do instituto Iadê, de Adriana Bianchi.
Em papo com RG, ele contou sobre a carreira e projetos. Leia a seguir.
O que gosta de fotografar?
Gosto de abordar o desequilíbrio da representação negra presente na arte e na fotografia. No meus projetos autorais desenvolvo series fotográficas com protagonismo negro, com uma fusão de tons vivos e arranjos composicionais arrojados, onde trago narrativas que levam ao meu imaginário sobre blackbeauty, expressando a minha vontade de que pessoas sub-representadas se encontrem e se conectem nas leituras que imprimo sobre minha visão, onde falo sobre ancestralidade, sacro, afrofuturismo e referencias a religiões de matrizes africanas. Nos meu projetos documentais trago narrativas sobre comportamento, moda, sexualidade em grupos da comunidade negra.
Qual os próximos projetos?
Atualmente tenho trabalhado em um projeto documental em preto e branco, onde aborto o comportamento na comunidade jovem preta LGBTQIA+ em Nova York em festas pós-pandemia. São registros fotográficos atualizados específicos sobre grupos de jovens com personalidade e referencia de moda muito fortes presentes em regiões de guetos do Brooklyn, Queens e Harlem.
Tem exposição em vista?
Antes da pandemia estava com um projeto de exposição que deveria ter acontecido em 2020, em um museu afro – Diáspora no Brooklyn em NY. Talvez dê certo de acontecer este ano após a eficiência do governo americano em reabrir locais de eventos culturais nas cidades.
Esse projeto é um trabalho documental de video e fotos iniciado e 2017 e finalizado em 2019, sobre comportamento e estilo de jovens negros em um especifico festival de música voltado para essa comunidade em locais diferentes como Johanesburgo, Brooklyn e Atlanta.