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Alessandro Brandão fala da importância de sua drag em reprise de “Pega-Pega”

Foto: Oseias Barbosa

Com a novela “Pega-Pega” de volta ao horário das 19h da TV Globo, quem tem grandes motivos para comemorar é o ator Alessandro Brandão. Ele que dá vida a Rouge, uma drag queen dançarina da Boate Strass, vibrou ao saber da reapresentação da novela, no mesmo horário em que era apresentada.

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“Vibrei muito, porque essa novela é uma delícia. E uma reapresentação assim, no nosso horário mesmo, é uma estreia de novo. É uma história muito divertida e fala de temas bem importantes de uma maneira leve. Principalmente o nosso núcleo, estamos todos vibrando muito com esse retorno. A gente comemorou bastante lá no grupo do Whatsapp quando a notícia se confirmou”, conta o ator.

Com o passar da história o público descobre que Rouge também é Rogério, um advogado/promotor público que acaba por ser convocado a fazer a defesa de Malagueta (Marcelo Serrado), para Brandão isso foi um dos pontos altos da história, pois mostra ao público a vida real de uma drag queen.

“Foi muito bom e gratificante ver a personagem crescendo na história. E acho que foi maravilhoso para o público ver uma drag queen vivendo a vida dela na sociedade. Mostrar essa fluidez de Rouge e Rogério foi muito importante. A Claudia Souto, autora da história, com o sucesso do núcleo da boate, foi revelando cada vez mais essa especificidade do mundo de um artista drag. E isso é muito importante”, diz.

Foto: Oseias Barbosa

Rouge, personagem interpretada por Brandão, levanta questões que podem ser consideradas sensíveis para algumas pessoas, para ele o núcleo das drags é superimportante, pois trata esses assuntos sensíveis de uma forma leve e divertida para o público.

“O núcleo das drags falou sobre temas muito sensíveis e importantes para a população LGBTQIA+ de forma leve e divertida. O romance de Rúbia/Flávio (Gabriel Sanches) com o Pedrinho (Marcos Caruso), a revelação de Rogério/Rouge como um promotor público e um artista drag, elas cuidando do filho do Douglas (Guilherme Weber), ou seja, foi uma trama que mostrou a rotina e que deixou claro que drag queen não é identidade de gênero. Ser drag queen é ser fluido, além disso mostrou que entre elas existem muitas diferenças”, pontua Brandão.

Para ele, a forma com que a autora escreveu sua personagem foi generosa e brilhante, pois trouxe a ela várias nuances e uma fluidez incrível.

“Acredito que a Rouge foi essencial na trama, pois com as outras drags, ela fez com que o público levantasse alguns questionamentos e pudesse aprender mais sobre. Ela é uma pessoa muito divertida, a rainha do show. Amiga, animada, além de ser boa de briga (risos), acho muito atual o que foi mostrado por ela. Foi muito importante revelar um pouco mais do mundo drag, para que as pessoas percebessem que drag queen é arte e não uma identidade de gênero”, finaliza o ator.

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