A cantora e compositora Luana Berti, natural de Santa Catarina, possui apenas 23 anos e foi um dos destaques do reality show musical The Voice, na edição de 2019. Em papo com o RG, Luana aproveitou para contar um pouco do início da sua caminhada e quando percebeu que tinha dom para a arte.
“Comecei a cantar desde muito cedo. Tenho até alguns vídeos meus fazendo show sozinha na sala de casa com uns 8 anos de idade. Meu pai era baterista e minha mãe cantora, então eu nasci e cresci num mundo muito musical. Eu participava dos ensaios da banda e sempre tava lá mexendo em algum instrumento e tentando tirar som de tudo quanto era coisa.”
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A artista ainda relembra que deu os primeiros passos na música sozinha, em casa, com o violão antigo que tinha por lá e as revistas com cifras que comprava na banca de jornal.
“Com 11 anos, peguei um violão velho que tinha la em casa e uns livrinhos que comprava em banca na época da minha mãe, que tinha algumas cifras de música e, foi aí, que comecei a tocar violão e compôr. Acho que com um mês estudando violão já compus a minha primeira música, depois disso nunca mais parei.”
A família de Berti foi uma grande referência para a cantora. Questionada sobre o apoio desde muito nova, a cantora comenta que eles a enxergam como artista e apoio o seguimento no sonho.
“Meus pais sempre apoiaram que aprendesse instrumentos e estudasse canto, mas eles tinham muito receio em relação a eu me tornar cantora e viver só da música mesmo, porque sabiam que era um universo muito complicado e sofrido se eu não fizesse as escolhas certas. Mas, depois de algum tempo, viram que eu tinha uma personalidade forte e tava focada em fazer acontecer.”
Participante do The Voice Brasil, da Rede Globo, no ano de 2019, e um dos grandes destaques do time da cantora Iza, Luana acredita que foi de grande importância para a sua carreira e considera ter sido um divisor de águas.
“Minha participação mudou tudo. Não só externamente, mas, também, sinto que existe uma Luana pré e pós The Voice. Sinto que amadureci muito, musicalmente falando, durante o programa. Tive muitas trocas legais com pessoas incríveis lá dentro, pude ver de perto alguns ídolos de infância e fazer música com gente do brasil inteiro que tava participando da edição comigo.”
A artista acrescenta que o reality show fez com que o seus fãs e público se diverficassem e aumentassem ainda mais. Antes da participação no programa, Luana comunicava muito com seu público, que era em sua maioria da comunidade LGBTQIAP+.
“Antes de participar do The Voice, já tinha uma certa base de fãs consolidada, mas era um nicho LGBTQIAP+ bem específico, e ainda é a minha maior audiência. Mas o programa fez a minha música rodar por todos os tipos de tribos e estados do Brasil, então foi muito legal também ser conhecida por pessoas que dificilmente conseguiria alcançar sozinha.”
Para finalizar nosso papo, a cantora conta a dificuldade de ser uma artista independente no meio da pandemia, principalmente com a falta de shows que, para ela, era o lugar que ela mais se sentia completa e realizada.
“A parte mais difícil é não conseguir trabalhar do jeito que estávamos acostumadas. Em qualquer lançamento, sempre pensamos num 360° da carreir; quais músicas vamos lançar para ser legal tocar em show; quantas músicas precisamos lançar para conseguir fazer uma turnê que contemple todos os estados que tem mais números de fãs; e muito mais, Particularmente, o show é a parte que mais gosto nisso tudo. É onde os números viram rostos. Onde consigo ouvir várias histórias legais de como alguém se conheceu porque gostava de mim ou da minha música. É onde consigo sentir e entregar todo amor que eu tenho.”