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 Duda Beat lança clipe de “Nem Um Pouquinho” e arremata a estética ciberpunk

Duda Beat – Foto: Reprodução/Instagram/@dudabeat

Duda Beat não estava brincando quando disse que cantaria o amor das mais diversas formas em “Te Amo Lá Fora”. O clipe de “Nem Um Pouquinho” apresenta uma narrativa em que vemos sofrência e um lado mais amargo da desilusão amorosa, que acaba despertando um lado mais vingativo e sombrio da heroína construída e cantada por Duda em seu novo álbum.

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“Cada música funciona como o capítulo de um livro. Se em ‘Meu Pisêro’ essa mulher sofria, mas perdoava e seguia adiante, ela já mostra outra faceta em ‘Nem Um Pouquinho’. O que acho muito legal e verdadeiro nisso é que a gente vive as relações de maneiras diferentes mesmo. Então, é muito real para mim que agora haja um amargor, uma coisa mais sombria, que leva essa heroína por caminhos mais dramáticos até que ela se liberte”, explica a pernambucana, que mais uma vez cria uma personagem forte para falar de desilusões amorosas: “Dor de amor machuca, mas também faz a gente crescer, amadurecer e mudar”.

Retratando um universo fantástico, em que nossa heroína tem a capacidade de se transmutar em várias personas para estar com quem ela ama, o clipe traz uma reflexão sobre como muitas vezes abrimos mão de quem somos por alguém. “Se apaixonar é uma delícia, mas nem sempre traz coisas boas. Nesse clipe, falamos de como podemos nos perder de nós mesmas e como pode ser difícil se reencontrar. Mas, ao mesmo tempo, se reconectar consigo mesma é um processo catártico e de renascimento, é se tornar dona de si e se emancipar. Tudo ao mesmo tempo”, pondera Duda.

Mais uma vez, a moda tem papel fundamental na criação da atmosfera sombria e fantástica do universo da artista. “Olhamos principalmente para ícones do bug do milênio, início dos anos 2000, estética ciberpunk, caos futurista. Para os looks da Duda, minha intenção foi deixar tudo com acabamento desgastado, desfiado e surrado, misturando isso com pontos de brilho nos bordados e acessórios mais fortes. Acabamos flertando com a estética das bandas de glam rock”, explica Leandro Porto, stylist da cantora.

Foto: Divulgação

“Nem Um Pouquinho” tem a direção assinada pela dupla Alaska, formada por Gustavo Moraes e Marco Lafer, da Iconoclast. A vontade de colaborar com eles era um sonho antigo de Duda: “Admiro muito o trabalho dos meninos e já tínhamos um namoro antigo (risos). Desta vez, concretizamos essa relação. Eles contribuíram muito para dar vida a essa história cantada por mim e por Trevo, que constrói um universo paralelo com seres fantásticos e ao mesmo tempo elabora sobre sentimentos tão reais”.

A ideia era que o vídeo de “Nem Um Pouquinho” saísse mais perto do lançamento de “Te Amo Lá Fora”, mas o agravamento da pandemia em março fez com que os planos fossem adiados. “Tudo tem um momento certo para acontecer. Esse é um dos maiores projetos da minha carreira e queria fazê-lo da maneira mais segura para toda a equipe. Por isso, só está saindo agora. Mas tenho a certeza de que está chegando no momento certo. Estou muito animada para ver como o público vai reagir, para ver todo mundo participando dos desafios no TikTok, meu grande parceiro nesse projeto grandioso. É realmente a realização de mais um sonho”, conta Duda.

“Nem Um Poquinho” é um pagotrap que conta com a participação do artista baiano Trevo. É a quarta faixa de “Te Amo Lá Fora” e a segunda a ganhar um clipe. 

Foto: Divulgação

“Poder trabalhar com a Duda Beat nos enche de prazer e de orgulho. Ela já tinha cativado nossa atenção pelo seu estilo musical delicioso e inovador, pela maneira como mistura a música brasileira ao pop contemporâneo, pelo seu olhar estético apurado, pela sua imagem e o que ela representa na cultura brasileira. Mas eu não podia imaginar o quão incrível de fato seria essa jornada criativa ao lado da Duda. A gente pirou quando ela nos mostrou a demo de ‘Nem Um Pouquinho’. É uma música diferente, esquisita, magnética. Uma música que explora um lado mais brega-trap-triste da Duda, uma sofrência mais ‘darkzinha’, e a gente ficou morrendo de vontade de poder traduzir essa sonoridade em imagens. Então, juntos desenvolvemos esse universo meio dark, meio ciberpunk-Brasil, em que a Duda é um ser metamorfo que sofre uma desilusão amorosa com seu ex-namorado, um vampiro ‘pegador’. Mas, ao mesmo tempo, a gente queria evitar que a Duda representasse uma mulher ‘frágil’ e ‘submissa à tristeza do amor não correspondido’. Então, juntos, moldamos essa narrativa em que a Duda acaba dando a volta por cima e devorando o ex-namorado no final… Spoiler alert! Hehe. Só temos a agradecer a Duda e ao seu time criativo e de produção. ‘Nem Um Pouquinho’ é um clipe ousado, corajoso. Foi demais poder dirigir a Duda no set, ela abraçou essa onda maligna da personagem com tanta força que quase não dá pra reconhecer ali debaixo sua personalidade fofa e carinhosa. Eu brinco com a Duda que ela pra mim é a Lady Gaga brasileira: atriz, cantora e visionária. Um prazer enorme poder fazer parte de tudo isso, somos muito gratos pela oportunidade”, diz a dupla Alaska.

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