Após sucesso no Amazon Prime Vídeo, o filme “O jogo” (“The Game”) entrou para o catalogo internacional da plataforma, sendo distribuído para Estados Unidos e Reino Unido pela Amazon Internacional. Na história, 12 atores ficam confinados em uma casa para disputar quem será o próximo protagonista de uma novela da maior emissora do país. A trama mistura realidade e ficção, tecendo uma crítica ferrenha ao universo dos realities shows.
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A produção é da Multiphocus e teve a Spoiler filmes como coprodutora, direção de Felipe Brêtas, que também assina o roteiro e argumento junto a Lipy Adler e produção de Marcello Krengiel. A história tem como base a paixão dos brasileiros pelos realities shows. Isso fomentou a idealização do projeto, que tem formato de mockumentary, um tipo de pseudocumentário que, no caso desta produção, tem como objetivo satirizar a experiência vivida neste tipo de programa de entretenimento.
“Gravamos tudo em 2019, antes da pandemia, em um hotel chamado Casanova Residence, na Barra da Tijuca (RJ). Lá, elenco e equipe ficaram confinados, ou seja, uma experiência já meio reality já nos bastidores da produção”, diz Brêtas.
A produção, que traz em seu elenco nomes como Leo Paes Leme, Ronan Horta e Lipy Adler, entrou no Brasil no formato de seriado em agosto de 2020 na Amazon Prime Video, e em maio de 2021 ganhou o formato filme na Amazon International (Estados Unidos e Reino Unido).
Felipe Brêtas – Foto: Divulgação
“O projeto surgiu da ideia de empreender em algo que somasse experimentação artística com laboratórios técnicos, em um modelo de negócios que dependesse menos das leis de incentivo”, conta Brêtas.
Sobre o processo de realização da produção, ele contou com uma maneira diferente de fazer.
“O roteiro só era enviado ao elenco na noite anterior a da filmagem, para poder conferir reações mais verdadeiras e espontâneas por parte dos atores”, destaca o diretor.
Além disso, Brêtas acrescenta que foi preciso fazer uma extensa pesquisa sobre o universo dos realities shows, e que contou com ajuda de profissionais do ramo para realização da produção, como Luiz Antônio Pilar, que já foi diretor de uma das edições do “Big Brother Brasil” e fez a supervisão artística do projeto.
“O projeto foi realizado de forma colaborativa e inédita. Com criação coletiva, regado à liberdade artística e com um orçamento bem apertado. Mas a repercussão tem sido muito boa, todas as pessoas que assistem em formato de série ou de filme, tecem comentários positivos acerca do roteiro e da produção como um todo, em especial à crítica ácida da produção sobre o universo dos realities shows”, finaliza Brêtas.