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Arte na Praça Adolpho Bloch abre mostra “Orgânico” no sábado (12.06)

Obra de Janaina Mello Landini – Foto: Divulgação

O projeto Arte na Praça Adolpho Bloch, idealizado e realizado pela Farah Service, empresa de melhorias urbanas mais importante do País, chega à sua quarta edição em um momento bastante desafiador e por isso mesmo com uma importância ainda maior. Não só a classe artística, mas o público em geral, estão sedentos por expressar e consumir artes respectivamente. 

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Desta vez, a Circular, que se consolida como uma opção de entretenimento cultural de qualidade, ao ar livre e gratuita, foi batizada de “Orgânico”. Marc Pottier, curador da mostra desde sua primeira edição, escalou novos artistas que vão somar ao acervo permanente da praça que inclui obras de Ciro Schu, Claudia Jaguaribe, Delphine Araxi Sanoian, Douglas White, Hugo França, Lucas Dupin, Oskar Metsavaht e Verena Smit.

Os convidados da 4ª edição são Anna Guilhermina, Janaina Mello Landini, Juan Parada, Maria Fernanda Paes de Barros e Txahamehé, Pataxó e Kuyawalu, Aweti e Kulikyrda Mehinaku, Nathalie Nery, Pedro França, Renata Vale, Ursula Tautz e Vanderlei Lopes.

Praça Adolph Bloch – Foto: Juan Parada

Por definição, um produto “orgânico” é um produto vindo da agricultura biológica, mas hoje tudo é orgânico. “A relação dos artistas com a natureza e a floresta tem se tornado um tema recorrente. Um número cada vez maior de obras procura expressar emoções positivas ou negativas causadas pelo atual estado do meio ambiente, arriscando-se inclusive na proposição de um conceito de coexistência harmônica. Com isso em mente, a 4ª edição do projeto da Circular – Arte na Praça Adolpho Bloch busca introduzir tal discussão e democratizar seu alcance por meio de obras de artistas brasileiros”, explica o curador Marc Pottier.

Com olhar voltado à natureza, Anna Guilhermina apresenta a “Enorme Beleza do Invisível”, que consiste em duas metades de troncos de árvores que serão sobrepostos um ao outro, cujas raízes e caules ficam aparentes para o observador.

Janaina Mello Landini traz as “Ciclotramas 231” (palavra inventada por ela, fruto da pesquisa que desenvolve desde 2010); a ideia principal da artista é chegar a uma simplicidade essencial entre o processo de pensamento expandido e as temáticas que lhe afetam.

Obra de Janaina Mello Landini – Foto: Divulgação

O “Respirador”, de Juan Parada, permite um passeio de fato por dentro da obra, experimentando a transição de um ambiente a outro. No interior da escultura, repleta de plantas, o espectador percebe o trabalho com o próprio corpo, sente a diferença de acústica e temperatura, se desloca de maneira sensível e é estimulado a ativar outros sentidos para perceber a obra em sua plenitude.

A instalação de Ursula Tuatz, “Frestas Por Onde Muros Escoam”, pretende reforçar a ideia da impossibilidade de conter o curso dos acontecimentos. Construída a céu aberto e, exposta ao sol e chuva, a obra se transformará no decorrer do tempo a seu bel prazer.

Obra de Anna Guilhermina – Foto: Divulgação

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