Vanessa Moreno – Foto: Reprodução/Instagram/@vanessamorenooficial
“Já não me lembro mais dessas retas que tracei / já não pergunto mais quantas luzes devo ter / as sombras que encontrei / as flores que cultivei / me levam à certezas que um dia deixarei”. Assim começa “Sentido”, canção autoral que dá nome ao segundo disco solo e quinto da carreira da intérprete e compositora paulista Vanessa Moreno. O álbum, que acaba de ser lançado nas plataformas digitais, é na sua maioria composto pela artista, que está acompanhada por seu violão.
SIGA O RG NO INSTAGRAM
Durante a pandemia, Vanessa se reaproximou do instrumento que a levou para a música, retomando seu processo criativo como compositora e também nas suas pesquisas de voz e percussão vocal. “Sentido” surge do olhar para si, da intensidade presente nos silêncios, nas inquietações e no que se é possível perceber em meio ao caos, para ser efetivamente transformado internamente. “Um disco que nasceu da busca da potência do sentir e do dividir com os outros, descobertas que poderiam também lhes fazer sentido, quebrando paradigmas internos, questionando antigas certezas, permitindo e direcionando as novas sensações”, define a artista.
Os arranjos e a produção musical também são assinados pela cantora. A atmosfera do feminino permeia toda a construção deste álbum, tanto em suas parcerias nas composições, como na vontade de revisitar duas de suas influências musicais como Rosa Passos e Joyce Moreno. O disco conta também com composições de Djavan e Guilherme Arantes. A gravação foi feita no Estúdio Arsis, com a mixagem e masterização de Adonias Jr.
Vanessa é intérprete, compositora e vencedora do Prêmio Profissionais da Música em 2017 e 2018, reconhecida como um dos talentos da nova música brasileira, com participação em gravações e shows com artistas como Gilberto Gil, Roberto Menescal, Mônica Salmaso, Fabiana Cozza e Chico Pinheiro. Tem dois discos lançados com o contrabaixista Fi Maróstica, “Vem Ver” (2013) e “Cores Vivas – Canções de Gilberto Gil” (2016), o disco solo “Em Movimento” (2017) e “Chão de Flutuar” (2019), em duo com o pianista paraibano Salomão Soares. Integrou durante quatro anos o trabalho “Saraivada” de Chico Saraiva (Prêmio Visa 2009), ao lado do percussionista Ari Colares.