Foto: Reprodução/Divulgação
A concepção de arte muda tão rapidamente no dia a dia quanto a tecnologia. Talvez seja por isso, então, que misturar ambas as coisas seja um processo que gerou tantos frutos e que tem se difundido cada vez mais. Se antes começávamos a trabalhar com artes digitais, que já são uma realidade bastante consolidada no mundo da arte, hoje também trabalhamos com arte NFT (Non-Fungible Tokens).
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A novidade foi tanta que até os grandes museus têm adotado as artes NFT em seus acervos e leilões. O Museu Hermitage, segundo maior de arte do mundo, localizado na Rússia, é um deles.
Todo o projeto NFT no Museu Hermitage foi programado para acontecer em 2021. A mostra, chamada de “Hermitage 20/21”, será a primeira no país sobre arte NFT, um passo importante para o setor a nível global.
O que é NFT?
A arte NFT (Non-Fungible Tokens – em português, “Tokens Não Fungível”) está enquadrada no modelo de criptoarte, ou seja, trata-se de uma arte digital que possui um código único anexado. Desta forma, ela se torna exclusiva e única ao proprietário. Ainda que hajam cópias desta mesma arte, nenhuma terá o mesmo código, o que garante aos compradores a sensação de exclusividade.
Para que esse código seja de fato único, o NFT é baseado em um blockchain, que é a mesma base usada nas transações de criptomoedas, como o bitcoin hoje. Isso garante algumas vantagens na hora de comprar e revender essas artes, além de trazer algo muito caro ao setor: maior facilidade sobre originalidade, pertencimento e direitos autorais.
Direitos autorais e NFT
A vantagem do uso da tecnologia dos blockchains para a arte, por meio do NFT, está bastante atrelada a um problema enfrentado por anos pelos artistas: a comprovação de autenticidade dos produtos, bem como os créditos devidos ao autor da obra.
Em artes digitais comuns, que circulam pela internet sem o devido crédito – muitas vezes, usadas de forma ilegal, segundo a lei dos direitos autorais -, fica cada vez mais difícil encontrar o verdadeiro artista e garantir que todos os créditos sejam efetivos e pagos. Isso faz com que o criador original da obra tenha inúmeras desvantagens.
Já com a tecnologia do NFT este problema é deletado do sistema, visto que o código gerado é único, irrefutável, original e insubstituível. Mesmo quando a arte é copiada ou revendida, o artista original ainda recebe, por meio de criptomoedas, uma quantia equivalente aos direitos autorais permanentes da obra, o que evita a pirataria.