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Festival Afro e Indígena reúne artistas em documentário musical

Edivan – Foto: Divulgação

 

“Nos dias 13 e 20 maio, a primeira edição do Festival Afro e Indígena, vai dar continuidade às apresentações, que tem como proposta promover a disseminação cultural através da valorização das raízes brasileiras. Em formato de documentário musical, para além de apresentações musicais a produção é entrelaçada com entrevistas dos artistas convidados, em que falam sobre suas trajetórias musicais, reflexões sobre a arte e as culturas negra e indígena, assim como suas vivências em meio ao isolamento social ocasionado pela pandemia. No dia 6 de maio se apresentaram os artistas Gabriellê e Edivan Fulni-ô e o Festival continua nas próximas quintas, dia 13 e 20, respectivamente, com apresentações de Brisa Flow, Miranda Caê, Katu Mirim e Toinho Melodia. As exibições irão ocorrer pelo canal de Youtube do Festival a partir das 19h.”

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No line-up de artistas estão Brisa Flow, Edivan Fulni-ô, Gabriellê, Katu Mirim, Miranda Caê e Toinho Melodia. As exibições ocorrem pelo canal de Youtube do Festival a partir das 19h.

Divididos em três episódios, com uma hora e meia cada, as narrativas da produção também se compõem com citações de duas figuras importantes neste contexto histórico e cultural, que são o professor, ativista e integrante da Uneafro, Douglas Belchior e de Sonia Barbosa Ara Mirim, liderança do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá. A produção foi idealizada pelos músicos e produtores culturais Fabricio Mascate e Phil Lima, com fomento pelo edital Expresso Lab do Programa de Ação Cultural (ProAC).

Katu Mirim – Foto: Divulgação

Neste contexto atual de agravamento da pandemia, e considerando que as populações negra e indígena têm sido as mais afetadas; e de outro lado o setor cultural estar sofrendo inúmeros impactos desde o início da pandemia em 2020, os idealizadores também priorizaram a contratação de negros e indígenas para esta produção. “Entendemos a necessidade e importância de promover o trabalho a essas pessoas, não só dos artistas, mas também de toda equipe técnica envolvida, como gravação, áudio, montagem, cenografia, entre outros envolvidos na construção destas apresentações’, comentam Mascate e Lima.

A ideia inicial era que o evento pudesse ser realizado em um local que tivesse aderência à proposta da produção. A escolha foi pela Comunidade Cultural Quilombaque, localizada em Perus, noroeste de São Paulo, porém com o agravamento das restrições de isolamento social em março, as gravações foram realizadas de forma remota, com redução da equipe técnica de gravação. Os artistas receberam instruções, equipamentos e cenografia para que conseguissem realizar as gravações de suas próprias casas.

Sônia Barbosa Ara Mirim – Foto: Divulgação

Mascate e Lima são amigos de longa data, se conheceram quando estudaram Regência na Etec de Artes, e a relação se deu a partir da formação de um grupo de Bossa Nova. Anteriormente, fizeram juntos projetos como a trilha sonora do documentário “As Mortes de Shakespeare”, o evento “Quintal Sonoro”, e a roda “Samba do Gaiato, que acontece há dois anos e já chegou a reunir cerca de 15 pessoas tocando. 

O Festival Afro e Indígena surge como mais uma oportunidade de proporcionar a reverberação de seus estudos e pesquisas sobre a origem dos saberes que permeiam nossa cultura. “Às vezes, as pessoas não sabem dizer o que vem da cultura indígena e que está inserido em nossas vidas, desde coisas simples como por exemplo a tapioca, a rede e o chá mate. Por isso a ideia de trazer de forma simplificada ao público esses ensinamentos sobre a nossa história”, comenta Mascate.

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