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“Mostra Museu: Arte na Quarentena” ocupa mobiliários urbanos de SP

Mundano (Brasil – SP) – Foto: Divulgação

Fazer da arte um alento em meio às intempéries que o mundo atravessa, fomentar a produção artística da atualidade e democratizar seu acesso, alcançando os mais diversos públicos. Esse é o objetivo da nova ação da “Mostra Museu: Arte na Quarentena”, iniciativa da Amarello Projetos Integrados que, a partir desta terça-feira (20.04), apresenta imagens de mais de 200 obras em mobiliários urbanos da cidade de São Paulo.

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As imagens serão exibidas em painéis digitais e estáticos em diversos bairros, como Bela Vista, Bom Retiro, Mooca, República, Santana e Pinheiros e em estações de metrô de São Paulo, nas linhas azul, verde e vermelha.

Idealizado por Chiara Paim Battistoni, nome à frente da Amarello, o projeto incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista, aspecto que reforça seu pioneirismo e amplo alcance, potencializado ainda pelo recorte internacional. “Se por um lado toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, afirma Chiara.

Ellen Sheidlin (Rússia) – Foto: Divulgação

O corpo de artistas é formado por nomes diversos do circuito nacional e internacional, entre os quais Antonio Bokel (Brasil – RJ), com a obra “Atacama Historygram” (intervenção em fotografia); Paula Costa (Brasil – RJ), com “Reset” (vídeo performance); Jade Marangolo (Brasil – SP), com “A Casa” (muralismo); Samuel de Saboia (Brasil – Pernambuco), com “Três Olhos/Acordar” (pintura); Mundano (Brasil – SP), com “Isolamento Social Sempre Existiu” (pintura); Sérgio Helle (Brasil – Fortaleza), com “Resurgentis III” (arte digital); Raquel Fayad (Brasil – SP), com “Gerações II” (pintura); Orane Taske (França), com “Lockdowned” (arte digital); Costas Spathis (Grécia), com “A Dança das Mãos Protegidas” (filme digital); Ellen Sheidlin (Rússia), com “Casa de Vidro” (fotografia); Jeremy Cohen (EUA), com “Cultura do Telhado em NYC na Quarentena” (filme digital); Yari Delgado (Cuba), com “Vigília” (fotografia); Alexandra Siro (Alemanha), com “Lockdown Máquina de Lavar” (gif); Serge Siro (Ucrânia), com “Escapando da Rotina” (fotografia); e Andriana Oborocean (Romênia), com “Uma volta pelo bairro” (vídeo performance).

Estruturado como um projeto híbrido – online e offline -, a “Mostra Museu” traz uma intersecção entre artes visuais e a produção musical brasileira, e visa dar luz à produção artística realizada durante o período de isolamento social imposto pela pandemia. Além disso, ainda propõe reflexões sobre sentimentos e percepções do que estamos vivendo.

O acervo de artes visuais está disponível integralmente na plataforma multimídia com conteúdo em português, inglês e espanhol, e nos espaços públicos. Assim como o eixo musical, cujas coletâneas sonoras e videoclipes podem ser acessados via plataforma e por códigos QR Code localizados nos painéis.

Orane Tasky (França) – Foto: Divulgação

Além de dar acesso às playlists e a galeria de artes visuais, os QR Codes localizados nos mobiliários urbanos também direcionam a depoimentos de mais de 170 artistas do mundo todo que contam sobre os seus processos de criação durante a pandemia, e a concepção dos trabalhos selecionados pela curadoria. “Dessa forma, a exposição proporciona ao usuário uma experiência completa do conteúdo da Mostra”, pontua Chiara.

Com curadoria de Ana Carolina Ralston e cocuradoria do The Covid Art Museum (CAM) – museu digital criado no início da pandemia, na Espanha, por Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrer -, o eixo de artes visuais recebeu mais de 1.200 inscrições e agora apresenta uma seleção de 200 obras vindas de 40 países.

A galeria pode ser acessada na plataforma www.mostramuseu.com e conta com obras criadas a partir de técnicas mistas, como animação, colagem, desenho, vídeo, ready-made, fotoperformance, instalação, pintura e gravura, entre outros. Além do Brasil, também há artistas selecionados de países como Alemanha, Bolívia, China, Cuba, Egito, EUA, França, Grécia, Honduras, Índia, Romênia, Ucrânia e Venezuela.

Serge Siro (Ucrânia) – Foto: Divulgação

“A partir da eletrizante onda criativa que turbinou a internet neste período, viu-se o total brilho da mente humana. Aqueles que se consideravam ou não artistas, criaram. E um pouco do que vimos nascer em um ano tão fatal reuniu-se e, agora, mostra seu rosto em um projeto híbrido, que mistura tecnologia, presença e, claro, arte”, reflete Ana Carolina. “O ar que soprou tanto em 2020 também nos trouxe a criatividade de nos reinventarmos. 2021 começa unindo a arte pelo mundo em um projeto sensível que costura essa sinuosa trama que tem como ponto de partida a nossa transformação”, complementa a curadora.

A lista completa de artistas, nacionalidades e técnicas está disponível no site da “Mostra Museu”.

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